sexta-feira, 29 de julho de 2011

GAPENDI - GRUPO DE APOIO ÀS PORTADORAS DE ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE

Queridos leitores e leitoras!

Visando otimizar nosso trabalho, cujo principal objetivo é poder informar, auxiliar, apoiar e acompanhar cada mulher com endometriose, nosso blog passou a fazer parte de um novo grupo, chamado: GAPENDI - Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade.


O GAPENDI foi idealizado e formado por portadoras de Endometriose que conhecem bem como é conviver com uma doença tão dolorosa, enigmática e difícil de tratar. Todas vivenciaram (e ainda vivenciam) as dores que a Endometriose causa, tanto físicas quanto emocionais. Porém, ao se unirem, perceberam que a amizade e o apoio mútuo podiam fazer toda a diferença nesta árdua jornada.
Desta forma, o GAPENDI surge para somar-se aos demais grupos de apoio já existentes, com o propósito de fortalecer e ampliar o importante trabalho de levar a informação correta sobre a Endometriose, alertando à todas as mulheres e à população em geral sobre a gravidade desta doença e a necessidade constante da busca por um diagnóstico precoce e tratamento adequados.

Também tem por objetivo lutar pelo reconhecimento da Endometriose como doença de saúde pública no Brasil, a fim de reivindicar tratamento gratuito e de fácil acesso à todas as portadoras.
 Além disto, o GAPENDI preocupa-se em oferecer apoio e assistência às portadoras, através de palestras, encontros, blogs e comunidades virtuais, bem como convênios e parcerias com clínicas e médicos capacitados em diagnosticar e tratar a endometriose.

Qualquer pessoa que acredita e abraça esta causa, está convidada a fazer parte do nosso grupo, tanto portadoras quanto não-portadoras, e até mesmo os maridos, namorados, pais, mães, amigos, etc. Todos podem ajudar na divulgação da endometriose! 
 
Entrem em contato conosco e façam parte dos nossos canais de comunicação na internet: 
 
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 Entrem em contato conosco: gapendi@hotmail.com
 
Endometriose - SabEndo e AprendEndo a conviver!

GAPENDI - Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade

segunda-feira, 18 de julho de 2011

QUEM É A MULHER COM ENDOMETRIOSE? (EM VÍDEO)

Existe uma característica comum entre as mulheres com endometriose? O que faz uma mulher ter endometriose e a outra não? Será que tem a ver com a personalidade? Seria uma questão de etnia ou grau de escolaridade?

Desde que a endometriose foi descoberta, há mais de um século, muitas dúvidas surgiram. Prá falar a verdade, estamos diante de uma doença com mais perguntas que respostas. Não é à toa que o termo "enigmática" está constantemente associado a esta patologia.

Por ser uma doença intrigante e complexa, muitos pesquisadores tentam desvendá-la em seus vários aspectos. Um deles diz respeito ao perfil da mulher com endometriose.


No início dos estudos sobre a doença acreditava-se que as mulheres brancas, graduadas, ricas e sem filhos eram as mais propensas a desenvolver a doença, o que aliás, é uma grande bobagem!


Hoje, com o avanço do diagnóstico por imagem e maior conhecimento dos médicos (e das pacientes) sobre os sintomas da doença, sabemos que milhares de mulheres são portadoras de endometriose, independente de sua raça, classe social, grau de escolaridade ou nuliparidade!

Mesmo assim, vira e mexe, ainda é possível encontrar livros, sites e até médicos que continuam passando a informação errada, ou seja, esteriotipando a mulher com endometriose!

E porque isto é tão prejudicial? Por qual motivo precisamos abordar este assunto aqui? É simples! Em primeiro lugar, nosso blog tem o compromisso de passar a informação correta sobre qualquer aspecto relacionado à Endometriose, portanto é nosso dever esclarecer as bobagens que são faladas por aí!

Em segundo lugar, acreditamos que esteriotipar a mulher com endometriose, pode levar a um atraso no diagnóstico e também à dificuldade em conseguir um tratamento adequado!

Por exemplo: o fato de considerarem a portadora como uma mulher rica, pode ser desculpa para que os médicos especialistas cobrem valores cada vez mais altos e abusivos. Pelo mesmo motivo, os planos de saúde, podem não querer custear os gastos com esta doença. Além disto, se estamos falando que todas as mulheres com endometriose têm alto poder aquisitivo, então porque o Governo iria se preocupar em fornecer tratamento gratuito? 

Este é só um exemplo de como este esteriótipo pode ser prejudicial às portadoras de endometriose, afinal muitas portadoras não possuem uma conta bancária "recheada" e precisam sim de tratamento gratuito!

A verdade é que qualquer informação incorreta pode ser desastrosa para uma doença que por si só já é toda complicada e difícil de entender!


O que as pessoas precisam saber é que a endometriose é uma doença de mulher! De QUALQUER mulher em idade reprodutiva. Se a mulher está na idade de menstruar, seja adolescente ou adulta, pode desenvolver a endometriose.

É verdade que as mulheres que protelam a gravidez correm maior risco de desenvolver a doença, uma vez que passam muito mais tempo menstruando. Porém, o fato de já ter sido mãe, não significa que ela está protegida ou "imunizada" contra a endometriose. Existem inúmeros relatos da doença em mulheres que já tiveram filhos.

Da mesma forma, existem inúmeras mulheres que nunca fizeram um Curso Universitário e mesmo assim são portadoras de endometriose; ou seja, não adianta deixar de entrar para a faculdade, pois isto não é garantia de proteção contra a doença!

Por fim, a raça ou etnia não é determinante para o aparecimento da endometriose. Mulheres brancas, negras, orientais e todas as outras, no mundo inteiro, podem ser portadoras também!


E elas têm algo em comum? Sim! Os sintomas! A endometriose é conhecida por causar fortes cólicas menstruais, dores nas relações sexuais e dores pélvicas/abdominais mesmo fora do período menstrual.

Porém, algumas mulheres podem não sentir dor alguma e só descobrir que são portadoras quando tentam engravidar e não conseguem. Ou seja, um ou outro sintoma está presente na portadora de endometriose, independente do tipo de mulher que ela é. 

As dores emocionais também estão presentes entre as portadoras: depressão, raiva, negação, baixa auto-estima, entre outros, são vivenciadas pela maioria delas!

Porém, o que realmente iguala as portadoras de endometriose é a "falta de informação" e a "desinformação" (informação incorreta). Um grave problema para quem já precisa enfrentar uma complicada doença!



Por este motivo, criamos um vídeo para esclarecer o que dissemos aqui, a fim de desconstruirmos esta idéia errada sobre a mulher com endometriose!

Assistam e divulguem para o máximo de pessoas possíveis!

Até a próxima!

Luciana T. G. Diamante



                                                                                                                         

sexta-feira, 15 de julho de 2011

OS HORMÔNIOS FEMININOS: UMA ORQUESTRA EM NOSSO CORPO

Você sabia que o funcionamento do corpo feminino pode ser comparado ao de uma Orquestra Sinfônica? Sim, pois numa orquestra, os Músicos são agrupados de acordo com os seus Instrumentos, tendo cada um o seu lugar. Para que possam tocar em harmonia, precisam obedecer aos comandos do Maestro e acompanhar com atenção o Solista. Se algum Músico começar a tocar antes do momento certo, acabará confundindo e atrapalhando todos os outros demais. E se algum deles desafinar, errar as notas ou tocar fora do ritmo, a melodia perderá a harmonia e ficará feia. Tudo precisa ser metricamente planejado para que a Sinfonia saia perfeita e agradável aos ouvidos.

Com o corpo feminino acontece a mesma coisa e fazer esta analogia pode nos ajudar a entender o importante papel dos hormônios em nosso organismo.

Para facilitar, vamos conhecer os integrantes da nossa "Orquestra do corpo feminino":



- HIPOTÁLAMO: é o nosso Maestro. Está localizado em uma região do cérebro e comanda diversas funções do nosso corpo, entre elas, a de regular a secreção hormonal. Ele é o responsável pela liberação de um hormônio (muito conhecido entre as portadoras de endometriose) chamado GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofina) que é o responsável pelo desenvolvimento das gônadas (glândulas sexuais) femininas, ou seja, os ovários, e também pela produção de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante) que são liberados pela Hipófise.



- HIPÓFISE: é a Solista da Orquestra. A Hipófise ou Glândula Pituitária, também está situada no cérebro e atua de acordo com as "ordens" do Hipotálamo, liberando a produção dos hormônios: FSHLH que irão agir diretamente no crescimento e maturação dos folículos ovarianos. Também é responsável pela produção da Prolactina - hormônio que estimula a secreção de leite nas mulheres.



- OVÁRIOS: poderiam ser comparados aos Músicos de uma Orquestra. São glândulas sexuais que tem como função a produção dos hormônios femininos e também dos óvulos (células reprodutoras femininas).



- HORMÔNIOS FEMININOS: são os Instrumentos desta Orquestra. Quando "tocados", estes hormônios atuam para permitir o funcionamento adequado do ciclo reprodutivo.  Os principais hormônios femininos são o Estrógeno e a Progesterona, produzidos principalmente nos Ovários.



Todos os integrantes desta Orquestra Feminina agem de forma harmoniosa, garantindo a produção correta (e no tempo certo) dos hormônios necessários para o perfeito funcionamento do nosso corpo. Por outro lado, quando um destes integrantes adoece, os demais se desestabilizam, causando a maior desafinação no nosso organismo!





- A IMPORTÂNCIA DOS HORMÔNIOS FEMININOS



Agora que já entendemos a origem dos nossos hormônios, vamos tentar explicar a função e a importância de cada um deles para o nosso corpo:



A) FSH e LH: Hormônio Folículo Estimulante e Hormônio Luteinizante. Estes dois hormônios atuam em conjunto. São liberados pela hipófise e fabricados tanto no corpo feminino quanto masculino. Na mulher o FSH estimula a secreção de estrógeno e é responsável pelo crescimento e maturação dos folículos ovarianos durante a ovogênese. Já o LH atua no final do amadurecimento dos folículos e na ovulação . Além disto, o LH mantem, dentro do ovário,  uma estrutura endócrina temporária que se forma após a saída do óvulo e é chamada de "Corpo Lúteo", responsável pela produção de progesterona que mantem o início da gravidez.

Desta forma, quando o médico nos pede para dosar a quantidade de FSH, ele quer saber se temos reserva folicular, ou seja, quer conhecer nossa capacidade fértil. Geralmente é medido nos três primeiros dias da menstruação, e quanto mais baixo for o seu valor (geralmente menor que 15), melhor o prognóstico de reserva ovariana. Já a medição do LH serve para sabermos se temos o estímulo hormonal suficiente para ovular, isto é, durante o período que antecede a liberação de um óvulo, ocorre uma elevação significativa do LH, indicando que uma possível ovulação está para ocorrer. Quando dosado próximo ao 14º dia do ciclo (considerando um ciclo de 28 dias) é possível observar esta elevação, ou seja, o "pico de LH".



B) ESTROGÊNIO OU ESTRÓGENO: é o principal hormônio sexual feminino. Além de participar da ovulação, concepção e gestação, é responsável pela manutenção da integridade óssea e regulação dos níveis de colesterol. Na verdade, sem o estrógeno uma mulher não se torna mulher! Pois ele é o responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos e também pelo formato do corpo da mulher, isto é, mamas, quadris e as nossas famosas "curvas"! Também atua na pele, na lubrificação vaginal, na distribuição da gordura corporal, na regulação da temperatura do corpo e na fixação do cálcio nos ossos. Além disto, o Estrogênio também tem outros efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, ou seja, no endométrio e no ciclo menstrual.



Como é possível notar, o Estrogênio é um hormônio muitíssimo importante e a sua falta no organismo causa diversos efeitos colaterais, como calores, suores, ressecamento vaginal, perda da estrutura óssea, atrofia do endométrio, e até irritabilidade e depressão. Geralmente, isto acontece na Menopausa, período em que a mulher perde sua capacidade reprodutiva.



C) PROGESTERONA: conhecido como o "hormônio da gravidez", sua principal função é a de preparar o útero e o endométrio para a aceitação do embrião e preparar as mamas para a produção de leite. Ele é produzido no ovário, inicialmente pelo Corpo Lúteo, como já mencionado acima, e posteriormente pela placenta, durante a gravidez. Quando existe uma deficiência de progesterona, a mulher pode apresentar amenorréia, ou seja, falta de menstruação. Além disto, a baixa produção deste hormônio é responsável pela maioria dos abortos que acontecem nos três primeiros meses da gestação. A dosagem de progesterona após o 20º dia do ciclo menstrual é importante para saber se a mulher ovulou naquele ciclo.



D) PROLACTINA: é um hormônio fabricado pela Hipófise e atua principalmente na produção de leite pelas mamas. É produzido durante toda a gravidez, mas principalmente no período pós-parto. Este hormônio também pode se elevar por causa do estresse, mesmo em mulheres que não estejam grávidas ou amamentando. Nestas condições, quando ele se apresenta muito elevado pode influenciar negativamente na fertilidade, impedindo que ocorra a ovulação.

- CONCLUINDO:

Os hormônios são parte fundamental de todo o funcionamento do corpo feminino, por isto os comparamos aos Instrumentos de uma orquestra, pois sem eles não há música! É claro que muitas patologias femininas estão diretamente ligadas à produção destes hormônios, são as chamadas "doenças hormônio-dependentes". A Endometriose é uma delas! Falaremos melhor sobre isto em nossa próxima postagem! Acompanhem o nosso blog e informem-se!
Luciana T. G. Diamante