quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

SUPER ENDOENCONTRO EM COMEMORAÇÃO AO MÊS MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DA ENDOMETRIOSE!!






Como já falamos no post anterior, março é considerado mundialmente como o Mês da Conscientização da Endometriose. Pensando nisso, o GAPENDI, resolveu comemorar em grande estilo oferecendo as portadoras da doença, familiares e amigos; a chance de aprofundar mais o conhecimento a cerca da doença, bem como aumentar o vinculo de amizade e troca de experiência criada, inicialmente, atrás dos nossos grupos no Facebook.

Com muito prazer, o GAPENDI- Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade, convida a todos para a super EndoEncontro que irá acontecer na cidade de São Paulo e contará com a presença de médicos especialistas conceituados na doença como palestrantes! Nossa intenção é de levar a informação e também aprender um pouco mais sobre esta nossa doença tão enigmática!

Para acontecer esse evento, contamos com o apoio da Clinica Genics, o mais novo parceiro do grupo GAPENDI.

Nosso evento acontecerá na Clinica Genics, que fica Av. Indianópolis, 171 – Moema, no dia 23 de março, às 14hs.

Contaremos com a presença dos médicos Dr. Edvaldo Cavalcante (médico especialista em Endometriose), da Dra. Luciana Chamié (médica especialista em diagnostico da endometriose) e  Dr. Dani Ejzenberg  (médico especialista em Reprodução Humana).

Como já dissemos, todos estão convidados a participar. Sejam portadoras, familiares, amigos e/ou simpatizantes da nossa!!!

As inscrições já estão abertas e serão feitas, apenas, pela internet através do nosso email: gapendi@hotmail.com


Para fazer a inscrição, ao mandar o email, envie nome completo, e informe se é portadora ou convidado (no caso, família ou amigo).
Ex: Vania Moreira – Portadora
      Celeste Ribeiro - Familiar




Atenção!!  As vagas serão LIMITADAS!!! Então faça logo a sua e do seu convidado! Como as vagas serão limitadas, na semana do evento, iremos confirmar com todos (a) através de email a presença! Fiquem atentas!


Marília Rodrigues
Luciana Diamante

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA DO GAPENDI PARA O PROGRAMA "FALA BAHIA"!


É com muita felicidade que escrevemos esse post!! No último dia 20 de fevereiro, o GAPENDI foi convidado a ser tema de uma entrevista no programa Fala Bahia, da TV Salvador, filiada da Rede Bahia em Salvador. Ficamos profundamente felizes pois é o reconhecimento do trabalho realizado nesses 4 anos que começou quando percebemos que não éramos as únicas portadoras de endometriose e que poderíamos nos unir para ajudar, mesmo que virtualmente, outras tantas portadoras; levando informação, divulgando a doença, orientando, acolhendo e dividindo experiências.

Uma das nossas coordenadoras, a Marília Rodrigues, foi a entrevistada do programa e pode falar um pouco sobre a doença, seus sintomas, as dificuldades encontradas pelas portadoras, incluindo as grandes filas que existem nos serviços do SUS, os tratamentos quase sempre caros, as conseqüências físicas e emocionais que acontecem decorrente da doença. Bem como, teve a oportunidade de apresentar o grupo GAPENDI, contando um pouco dos nossos objetivos, como funciona o nosso grupo e alguns dos nossos projetos futuros.

O programa foi ao ar no dia 21! Pedimos desculpas pois, como foi corrido, só conseguimos divulgar nos nossos grupos no facebook e na nossa página Endometriose Online.

Mas estamos disponibilizando o link do programa para que todos possam assistir!! Desde já, agradecemos a toda equipe do programa Fala Bahia pelo convite, carinho pelo qual nos receberam e pela preocupação em abordar a nossa causa na TV!! 





Luciana Diamante
Marília Rodrigues






terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

PARTICIPE DAS AÇÕES DO GAPENDI PARA O MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO DA ENDOMETRIOSE!



Olá, pessoal!

Dando continuidade às ideias apresentadas a respeito do Mês da Conscientização da Endometriose, já começamos nossa divulgação "online", de duas maneiras.

Quem tem Facebook pode e deve se engajar neste propósito:


1a. - Vamos compartilhar a imagem (esta acima e que também será divulgada pela página Endometriose Online) no nosso perfil e, principalmente, no perfil dos nossos amigos. Seria uma forma de oferecer a todos uma "Rosa Amarela" para lembrar do mês da conscientização da Endometriose (lembrando que a cor amarela é a que representa a Endometriose), e também para apresentar a doença para muitos que não a conhecem. Para ter acesso a esta imagem, é preciso curtir a página "Endometriose Online".

2a. - Vamos trocar as capas do nosso perfil do Facebook, assim é uma forma de também mostrarmos que estamos apoiando esta causa.

Estamos colocando aqui a imagem da capa para que todos possam copiar e colocar no perfil!










E fiquem atentas para a nossa Palestra que será realizada no dia 23/03 na cidade de São Paulo. Teremos dois excelentes especialistas para nos explicar melhor sobre a Endometriose, além de várias outras atividades bem bacanas!

Vamos lá, pessoal! Vamos divulgar a Endometriose!!


Equipe Gapendi

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

GAPENDI no Mês da Conscientização da Endometriose!


Olá, pessoal!!

    Como muitas de vocês já sabem, MARÇO é considerado como o Mês Mundial da Conscientização da Endometriose, onde diversos grupos e países aproveitam para aumentar a divulgação e informação sobre nossa doença para a população em geral.


Pois bem, aqui no Brasil, infelizmente, apenas dois Estados têm Projetos de Lei aprovados nesse sentido, seriam: São Paulo, criado pela deputada Ana Perugine (que conhece e apóia o Gapendi) e o Rio de Janeiro, criado pelo então deputado Paulo Ramos. E para complicar ainda mais nossa situação, ambos comemoram em meses diferentes!

O que o GAPENDI pede, propõem e luta é pela unificação dessas datas para que a nossa corrente fique maior, alcançando assim um maior número de pessoas.

Nós, do GAPENDI e do Endometriose Online, levamos a divulgação e informação sobre a Endometriose durante todo o ano, porém, nesse mês de Março, faremos uma programação especial e contamos com a ajuda e colaboração de todos vocês nessa nossa luta!

    Como o GAPENDI é responsável por 3 canais de divulgação, informação e apoio da doença, pensamos em fazer uma Campanha para cada canal, e você pode e deve participar de todas. Nada muito trabalhoso, nem caro, afinal, já gastamos muito com nosso tratamento e o nosso objetivo aqui é levar à conscientização!

    Abaixo relacionamos nossa proposta de ação para esta Campanha de Conscientização da Endometriose:

1) No BLOG:

    Como para o GAPENDI a informação é a maior aliada, iremos criar um belo folheto informativo, o qual será publicado aqui no nosso blog (em breve) e distribuído por Email para todas que quiserem participar da campanha. O que pensamos com esse folheto?


Queremos que ele seja distribuído por vocês entre amigos, conhecidos, familiares e principalmente, que ele seja fixado em alguns pontos importantes! Por exemplo: locais de trabalho, murais de condomínios, clinicas e/ou qualquer outro local que tenha grande circulação e que seja fonte de informação. Com isso, as pessoas que passarem por estes locais, poderão ter acesso ao folheto e, assim, passar a ter conhecimento acerca da doença. 


    Quem puder imprimir este folheto para distribuir, melhor ainda! Lembrando que se cada uma passar essa informação/folheto para DEZ pessoas, conseguiremos assim alcançar um grande número de pessoas e ajudarmos muitas mulheres!

2) Na página ENDOMETRIOSE ONLINE (Facebook):

    Como o amarelo é a cor que representa a Endometriose (por isto que utilizamos a fitinha da conscientização nesta cor), pensamos em distribuir Rosas AmarelasPorquê as Rosas? Existe uma flor mais feminina, bela, delicada e ao mesmo tempo forte do que essa? Não, né?

   Como seria essa distribuição?! O ideal seria que cada um distribuísse rosas pessoalmente, porém como em nosso grupo a questão virtual é muito presente (por alcançarmos todo Brasil) porque não enviarmos essa rosa virtualmente?! Faríamos como sempre fazemos com as postagens do ENDOMETRIOSE ONLINE, onde compartilhamos nos nossos perfis pessoais do Facebook. 

    Porém, dessa vez, faremos um pouco diferente, ao invés de compartilharmos apenas no nosso perfil, porque não compartilharmos/postarmos na página/perfil de um conhecido, amigo ou familiar e solicitar que ele faça o mesmo? Dessa forma, estaremos fazendo uma corrente do bem em prol da divulgação e conscientização da nossa doença, presenteando uma pessoa com uma linda rosa! Quem sabe dessa forma, alcançaremos outras tantas mulheres que estão sofrendo sem um diagnostico efetivo?

3) Nos nossos GRUPOS (Facebook):

    Preparem-se! Faremos um Grande Endoencontro Especial! Quem já participou dos nossos encontros, com certeza, nunca se decepcionou. Afinal, sempre foi regado de muita alegria, amor, amizade, companheirismo. Dessa vez, esse encontro terá um gostinho especial até porque será um encontro diferente!

    Que tal juntarmos AMIGAS/AMIGOS + FAMILIARES com um médico especialista que estivesse disponível para explicar um pouco sobre essa doença tão enigmática? Seria um momento para estarmos juntas com aquelas pessoas que desconhecem a doença, aquelas que suspeitam, aquelas que sabem, mas querem aprender mais; enfim, como sempre dizemos: A informação é a nossa maior aliada, não é? Então, temos que divulgá-la o máximo possível!

    Esse super encontro será realizado na cidade de São Paulo (por ter um maior número de portadoras participantes nos grupos) mas TODAS estão convidadas!!
 
   A data já está confirmada e será no dia 23 de março de 2013, estamos apenas aguardando a confirmação do local/horário e também dos nossos convidados especialistas, além de todas vocês, lógico!

    Então, reserve esta data em sua agenda, e fique atenta às nossas atualizações, tanto no blog, quanto nos grupos, para ter todas as informações a respeito da nossa Campanha de Conscientização da Endometriose!

    Quanto mais pessoas estiverem envolvidas com a nossa Campanha, melhor será para a divulgação da Endometriose!

Participe de todos os nossos canais de informação:

Blog: Seja uma Seguidora!

Endometriose Online: Clique aqui para conhecer e curtir a nossa página no Facebook!

Grupos: Solicite sua participação Clicando aqui!

Entre em contato conosco!




Marília Gabriela
Luciana Diamante 




terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Dor e as suas Consequências nas Portadoras de Endometriose



Olá!!! Conforme publicamos, no final do mês de setembro, aconteceu em Salvador/BA o 10° Congresso Brasileiro de Dor, que contou com a participação de médicos das mais diversas áreas bem como profissionais da saúde que trabalham com essa temática. E o GAPENDI, lógico, esteve presente nesse evento!!

Eu, particularmente, fiquei extremamente curiosa ao ver na programação uma mesa destinada para Dor Pélvica Crônica. Ao mesmo tempo ansiosa sobre como eles iriam focar e abordar esse tema tão amplo e, principalmente, se iam focar a Endometriose como uma das causadoras da dor pélvica!! Para minha felicidade, a Endometriose acabou sendo bastante focada nessa mesa! Incluindo a importância do diagnostico precoce e como deve ser feito esse diagnostico, bem como as dores decorrente da doença que  podem interferir no cotidiano da portadora.

DOR



A dor é uma sensação desagradável, um sinal de alerta do nosso organismo, o qual pode indicar dano, doença ou perigo! Segundo a International Association for the Study of Pain (IASP) a dor é experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo através das suas experiencias anteriores.  
Além de gerar estresses físicos e emocionais para o doente e para seus cuidadores, a dor é a razão de fardo econômico e social para a sociedade. (Prof. Dr. Manoel Jacobsem Teixeira - Neurocirurgião, Faculdade de Medicina da USP).

-        COMO A DOR SURGE?


Quando há um estimulo de intensidade maior do que a que suportamos, por meio de células especiais chamadas de Nociceptores, a dor é detectada e transmitida através de fibras nervosas até o Sistema Nervoso Central, chegando até a membrana que reveste o cérebro, chamada de Meninge.
É essa membrana que recebe a dor, já que o cérebro não aguentaria tamanha sensação por ser um órgão de fundamental importância para a vida. 
Quando a dor chega a essa membrana, ela atinge duas partes distintas: uma que é responsável por localizar a dor e a que está relacionada à sensação da dor.

As fibras nervosas que transportam a dor pelo nosso corpo, às vezes, podem não funcionar corretamente provocando o que chamamos  de dor crônica. Em algumas situações, quando existe lesão dos nervos, essas fibras podem provocar dor de forma anormal, ou seja, um simples carinho como abraço, uma caminhada a mais, alguma determinada posição podem provocar a dor intensa.

 O QUE É A DOR CRÔNICA?

A dor pode ser dividida em dois tipos:

·  Aguda: é aquela com curto período de tempo, geralmente não passa de três meses.  É facilmente identificada e o corpo usa ela como sinal de alerta para infecção e inflamação. Exemplos: Dismenorreia primariador de dente.

·  Crônica: é aquela que ocorre por um período superior a três meses, ou quando persiste por um tempo maior que o esperado após a ocorrência de uma lesão. Pode debilitar e exige maior atenção por parte de quem está sentindo. Exemplo: Artrites, Endometriose.

E pode ser classificada como:

·  Somática: é aquela que tem origem em ossos, ligamentos e/ou tendões; gerando uma dor mal localizada e de longa duração.

·  Visceral: localizada em órgãos e cavidades internas do corpo, trazendo uma sensação intensa de dor e difícil de localizar. Muitas vezes o paciente sente dores em regiões totalmente diferentes do verdadeiro local da lesão. Exemplo: no ataque cardíaco, a pessoa pode sentir dores nos ombros, estomago e braço.

·  Cutânea: localizada e de curta duração, como queimaduras de primeiro grau e/ou cortes.


A Dor Pélvica Crônica não se restringe apenas às dores dos órgãos internos, como ovários, útero e intestino; podem envolver também ossos, músculos e nervos da parte inferior do corpo humano; e pode ser provocada por:

· Causas Intestinais: Síndrome do Intestino Irritável, Doença Inflamatória Intestinal, Hérnias, Doença Diverticular, Constipação Crônica;
·  Causas Urinárias: Cistite Intersticial, Infecção Urinária Crônica, Cistite Actínica, Síndrome Uretral;
·  Causas Ginecológicas: Endometriose, Doença Inflamatória Pélvica, Massas Pélvicas e Anexiais, Aderências, Adenomiose;
· Causas Músculo-Esqueléticas: Síndrome Miofascial, Espasmo da Musculatura do Assoalho Pélvico.


-        DOR CRÔNICA PÉLVICA X ENDOMETRIOSE

A maioria dos casos de dor crônica pélvica nas mulheres são causados pela Endometriose. Seja por conta dos focos ativos da doença ou decorrente das alterações nos tecidos referentes ao processo aderências e fibrose. No caso dos focos ativos da doença, os implantes de endometriose causam uma reação inflamatória que irritam as terminações nervosas ocasionando a dor. Já a presença de aderências pélvicas e número de intervenções cirúrgicas ajudam a piorar os sintomas nessas mulheres.  Por isso é tão importante ser acompanhada por um especialista na doença, evitando assim cirurgias desnecessárias. As aderências, como já foram explicadas aqui no blog, são como cicatrizes internas que se formam após inflamações ou cirurgias passadas. Essas cicatrizes fazem com que os órgãos fiquem unidos uns aos outros, provocando estiramento, compressão e, consequentemente, dor.

A dor causada pela Endometriose costuma ser debilitante e se apresenta como cólica intensa, dor em forma de pontada, fisgada, queimação, peso. Quase sempre constante, se apresenta durante o ciclo menstrual ou até mesmo fora dele, provoca a irritação da portadora, podendo levar ao pavor só por  imaginar que pode senti-la novamente. Essa dor implica num declínio da qualidade de vida e produtiva/laboral da mulher.  Interessante falar que geralmente a portadora de endometriose, em virtude das dores constantes, acaba desenvolvendo não apenas a dor ginecológica ou visceral, mas também a dor músculo-esquelética ou dor somática.  Por isso a importância do ginecologista especialista em endometriose ficar atento para isso, pois muitas vezes se submete a paciente a constantes cirurgias em virtude das dores intensas quando na verdade a dor já se transformou em neuropática.

A dor pélvica crônica, acompanhada ou não de formigamento, em parede abdominal, membros inferiores e genitália externa, pode sugerir o comprometimento de nervos e/ou raízes nervosas.

A endometriose pode acometer nervos pélvicos, comprimindo-os ou lesionando, caracterizando a endometriose nos nervos cujo exames como ressonância magnética e ultrassonografia não conseguem diagnosticar com precisão, necessitando de maior atenção dos ginecologistas para a sintomatologia e possivelmente para um encaminhamento para outro profissional especialista nessa abordagem. 

Fibrose (nódulo) em N. Hipogástrico esquerdo antes da cirurgia terminar





A endometriose nos nervos, não é muito freqüente, e pode ocasionar dores intensas nas pernas e na região glútea, bem como alterações urinárias e intestinais.  O nervo é como um fio de luz que, se desencapado, pode dá choques, então a dor é caracterizada por ser intensa e incapacitante, geralmente em forma de choques, queimação, irradiação, caimbrãs e dormência. Em alguns casos pode haver perda de força nos membros inferiores, forte desejo urinário e evacuatório. Muitas vezes a mulher sente muita vontade de ir ao banheiro e vai por diversas vezes, sentindo fortes dores, porém o conteúdo é muito pouco.
Esses sintomas se assemelham a outras doenças com origem nos nervos. Devendo ser investigada a presença de outras patologias para um diagnóstico mais efetivo.

Por falar em nervos, uma curiosidade que eu matei nesse congresso em relação à algumas portadoras sentirem mais dores que as outras foi sanado. A resposta é justamente a proximidade dos implantes com os nervos. Segundo os congressistas, a pesquisa realizada por dr. Mauricio Abrão, mostrou que as porcentagens de mulheres com implantes profundos em áreas bastante inervadas sentem mais dores que as mulheres com outros tipos de implantes de endométrio. Outra coisa interessante também é que implantes mais velho têm maior chance de ser infiltrado por nervos, o que geraria mais dor.

Outro fator que pode levar a dor crônica pélvica são os espasmos dolorosos dos músculos do assoalho pélvico (levantadores do ânus: pubococcígeos, puborretais e iliococcígeos; coccígeos; piriformes e obturadores internos) ou as disfunções no assoalho pélvico, que podem ser lesionados ou estarem fadigados devido a endometriose, aderências e fibrose; ocasionando fortes e intensas dores. Esses espasmos ou disfunção no assoalho pélvico podem causar também o que chamamos de dispareunia, dor na relação sexual. Motivo de muito sofrimento para os casais, especialmente as mulheres; além da incontinência urinária e fecal. 

Nesse caso, a fisioterapia uroginecológica entra para ajudar nesse processo, com eletro-estimulação, massagem do tecido conjuntivo e a cinesioterapia, ou seja, exercícios. Bem como bloqueios anestésico locais, realizados pela equipe da medicina/clinica da dor, ou acupunturas. Em outro post, vamos focar a função, a importância e os benefícios da fisioterapia uroginecológica e da Medicina da dor em pacientes com endometriose.

Conseqüências da dor no cotidiano da portadora

Como já dissemos, as mulheres que sofrem com a dor crônica provocada pela endometriose tem a qualidade de vida abalada, visto que esta implica no bem estar físico, mental, psicológico e emocional do individuo com si próprio, bem como com a família, trabalho, amigos. É comum que mulheres que sofrem de dores constantes por conta da endometriose se afastem dos amigos e familiares por vergonha ou por estarem sempre com dores intensas, causando a privação das  atividades sociais/lazer. Quase sempre, por esse mesmo motivo, são os amigos e familiares que a excluem. O mal provocado pela dor é tao grande, que está acaba se tornando o fator mais importante do seu dia a dia.

Ausências no trabalho, atestados médicos, suspeitas ou dúvidas dos colegas de trabalho e chefes são situações constantes no cotidiano de algumas portadoras e que, também, acarretam em grande sofrimento. Muitas vezes para evitarem ouvir os comentários desagradáveis dos colegas e chefes, bem como para não perderem o trabalho por conta das faltas, muitas mulheres vão trabalhar com dores intensas, o que pode implicar na diminuição do desempenho deste.

Muitas sofrem por terem que fazer uso de medicações fortes diariamente e terem que lidar com os efeitos colaterais das mesmas; bem como com as complicações dessa dor nas atividades laborais. Os remédios exercem funções semelhantes a da endorfina, que são substancias produzidas no cérebro com a função de aliviar sentimento de dor funcionando como analgésico natural atrapalhando assim a comunicação entre os transmissores e receptores. Podemos liberar a endorfina através de atividades físicas! Quando a endorfina fabricada pelo nosso organismo não consegue aliviar a nossa dor, é necessário entrar com medicação.  

A atividade física acaba se tornando nossa grande aliada, não só por liberar a endorfina mas porque ela ajuda a queimar as famosas gordurinhas do nosso corpo que também são responsáveis pela produção do estrogênio, que quando em excesso acaba se tornando o nosso grande vilão. 



Alterações psicológicas como aumento da irritabilidade, ansiedade, depressão, preocupação com o corpo e afastamento dos interesses externos são queixas comuns nas pacientes que sofrem com as dores causadas pela endometriose.  
A insônia, diminuição do desejo sexual e alteração do apetite também pode ser frequente. A dor exerce influência negativa na auto-estima e pode afetar a capacidade de uma pessoa realizar tarefas associadas à vida diária , ao trabalho e à sua função como parte da sociedade.  


Conclusão

Nesse post retratamos a dor física e as suas conseqüências no cotidiano de uma mulher portadora de endometriose. Porém não podemos deixar de lado algumas dores, as quais classificamos como dores na alma e/ou emocionais, que também interferem muito na nossa qualidade de vida. Como exemplo, temos as dores provocadas pela Infertilidade. Esse tema já foi assunto algumas vezes aqui no nosso blog mas voltaremos a abordá-lo nos próximos post´s.

Pra finalizar, deixo com vocês esse texto escrito por Fernanda de Marins Garcia de Souza, onde ela descreve muito bem como é viver com dor. Acredito que muitas de nós se identifiquem com essas palavras!!


Marília Gabriela Rodrigues

Viver com Dor.

Texto de Fernanda de Marins Garcia de Souza

Ninguém nunca planeja sua história pensando em vivê-la com dor. Na verdade, a dor é sempre uma intrusa na vida de qualquer pessoa. Ela aparece, irr
ita, apavora, faz com que se procure ajuda, é tratada e acaba, vai embora... Algumas vezes leva com ela todo o dinheiro que se tinha, mas vai embora.

Porém existe um grupo nada pequeno de indivíduos que vivencia a dor de forma completamente diferente. Para eles, a dor aparece, irrita, apavora, faz com que se procure ajuda, é tratada, (algumas vezes) melhora e fica e aumenta e faz com que se procure socorro, e fica, fica, fica. Simplesmente fica! Fica durante os dias úteis, nos fins de semana, dias santos, período de férias, festas familiares... Fica durante os dias e durante as noites, por vezes até mesmo nos sonhos (para os felizes que conseguem dormir). Fica nos meses quentes e ainda ganha mais força nos meses frios. Fica!

Então as pessoas que pertencem ao grupo dos comumente doloridos começam a se cansar. Cansar de sentir dores e, o que chega a ser pior, cansar de ter de provar para os outros (familiares, chefias, peritos, e, por mais incrível que pareça, médicos) que sentem dor. Cansados, os doloridos se isolam, trancam-se em suas casas em companhia apenas dessa intrusa mais irritante do que uma mosca em dia de verão.

Desse ponto em diante, fecha-se o diagnóstico: os doloridos estão deprimidos e tudo o que sentem é psicossomático. Estão doentes porque querem, porque não têm força de vontade para reagir, porque são fracos, se acovardam frente às dificuldades da vida. Entregaram-se e preferem se esconder atrás da dor a ter que enfrentá-la.

Simples assim! A vítima passa à vilã, a algoz vira esconderijo e os felizardos que têm o privilégio de não saber o que é dormir e acordar, rotineiramente, com dor assumem o papel de juiz. Pronto. Agora que tudo está resolvido, a história continua: O portador da dor crônica sofre diariamente, calado porque muitas vezes não tem forças nem para reclamar, enquanto que os demais sempre que sentem algum incômodo doloroso se irritam, se apavoram, procuram ajuda, se tratam, ficam novamente saudáveis.

Diz um ditado popular que só conhece a quentura da panela a colher que a está mexendo. A brilhante sabedoria popular se aplica ao tipo de sobrevivência dos que vivem com dor crônica. Só quem sofre na "quentura dessa panela" consegue entender o mau humor, a aparente tristeza e impaciência de seus companheiros.

Porém, não é preciso que você se torne um de nós para que seja capaz de se solidarizar conosco. Basta que, no dia em que sentir uma dor chata e insistente, você imagine como seria sua vida se ela decidisse viver constantemente ao seu lado, como uma intrusa e insuportável companheira.

Não gostou de se imaginar nessa situação? Não tem problema, para você isso é só uma imaginação...




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

RespondEndo: PERGUNTE AO DOUTOR!




Olá Pessoal!!!


O post de hoje vai dar continuação à nossa proposta de tentar esclarecer um pouco algumas dúvidas sobre a Endometriose e Infertilidade. Nada melhor do que contarmos com médicos especialistas para isso, não é? 

Contamos mais uma vez com o apoio do médico ginecologista especialista em Endometriose Dr. Edvaldo Cavalcante, da Clinica Paulista de Cirurgia Ginecológica.

Dessa vez, selecionamos 4 perguntas deixadas tanto aqui no nosso blog quanto nos nossos grupos no facebook https://www.facebook.com/groups/gapendi/

Temos observado muitas dúvidas sobre o Allurene! Não é para menos, né? Como toda medicação nova, traz consigo muitas dúvidas acerca da sua utilização, possíveis efeitos colaterais, eficácia no tratamento, dentre outras que tentaremos esclarecer nos próximos posts.

Vamos tentar tirar algumas dúvidas também sobre Qual a melhor hora para a Portadora de Endometriose tentar engravidar - antes ou depois de uma cirurgia? 

Para finalizarmos, selecionamos uma dúvida muito comum, não apenas para nós portadoras, mas como para familiares, amigos: “Porque algumas meninas sentem cólicas fortes e não tem endometriose?” Essa foi a pergunta de uma amiga nossa portadora, que é mãe e está bastante preocupada com as cólicas intensas da sua filha.

Esperamos que as respostas esclareçam um pouco das dúvidas mas lembramos que nada substitui a ida ao seu especialista, já que ele é o profissional melhor preparado para responder suas dúvidas pois é ele quem está ciente do seu tratamento, sem contar que cada organismo reage diferente do outro.

Estamos recebendo bastantes perguntas/ dúvidas; aos poucos estaremos encaminhando aos especialistas e em breve vamos postar aqui no blog. Fiquem atentas!!





1) Posso engravidar tomando Allurene?

Dr. Edvaldo Cavalcante: Allurene® não foi estudado diretamente com relação à sua eficácia anticonceptiva e, portanto, se aconselha às mulheres para usarem métodos não hormonais de anticoncepção (p.ex. métodos de barreira- preservativo) como precaução contra uma gravidez não planejada.

2) Qual a melhor medicação: Allurene ou Zoladex?

Dr. Edvaldo Cavalcante: São medicações que possuem ações completamente diferentes.  Há trabalhos demonstrando a eficácia do uso das duas drogas em seqüência (primeiro uso de  Zoladex  e na seqüência uso do Allurene ) para controle da  dor pélvica decorrente da  endometriose. Comparação isoladamente entre os dois medicamentos, ainda não há citações na literatura pesquisada.
            
3) O que é melhor: tentar engravidar primeiro ou fazer a cirurgia e depois tentar a gravidez?
                                  
Dr. Edvaldo Cavalcante: Essa decisão depende de muitos fatores. Presença ou não de infertilidade, qual a causa da infertilidade e, ainda, a presença ou não de dor; bem como qual o grau do comprometimento dessa dor na qualidade de vida da mulher. 
Há trabalhos demonstrando que as pacientes que apresentavam desejo de engravidar e foram submetidas à cirurgia para o tratamento de endometriose, apresentaram maior chance de engravidar após a cirurgia em comparação com as mulheres com endometriose não operadas. Esse aumento na chance de engravidar, foi observado em qualquer via (natural, inseminação ou  fertilização in vitro).

4) Porque tem meninas que tem cólicas fortes e não tem endometriose? Por exemplo, minha filha tem cólicas horríveis, fez USG abdominal (ela não pode fazer a USG transvaginal pois é virgem) e não deu nada,  porque então ela sente cólica?

Dr. Edvaldo Cavalcante: A cólica menstrual ocorre devido à liberação de prostaglandinas pelo útero, na tentativa de eliminar o endométrio durante a menstruação. É um sintoma muito freqüente, estima-se que mais de 50 % das mulheres apresentem cólicas menstruais em alguma fase da sua vida.
Também conhecida como dismenorreia, a cólica menstrual pode ser secundária a outras causas, como por exemplo: endometriose, leiomiomas, estenose canal cervical, processo inflamatório, alteração anatômica, etc.
O fato do USG não apresentar qualquer alteração que sugira o diagnóstico de endometriose, não descarta a possibilidade da presença dessa doença.


Se você também tem dúvidas e gostaria de vê-las esclarecidas, você também pode mandar  para nosso email gapendi@hotmail.com e/ou continuem participando dos nossos grupos no facebook ou aqui pelo blog.

Até a próxima!

Marília Gabriela
Luciana Diamante