sexta-feira, 30 de maio de 2014

JUNHO: MÊS MUNDIAL DA INFERTILIDADE!!!!




Junho é o mês mundial da infertilidade!

Poucas pessoas sabem, mas a ideia surgiu, há alguns anos, a partir da norte-americana Pamela Madsen presidente da AIA (American Infertility Association) que, junto com a Associação de Apoio Internacional aos Pacientes Inférteis (ICSI), elegeu Junho como o Mês Internacional da Infertilidade. Em vários países do mundo, durante este mês, são realizadas ações para falar sobre os tratamentos para a infertilidade, bem como para oferecer apoio necessário aos casais que passam por este difícil momento em suas vidas. 

Como a ENDOMETRIOSE é uma das grandes responsáveis pela infertilidade feminina, o GAPENDI não poderia deixar de lembrar esta data, convidando todos os nossos seguidores aqui do blog, bem como dos nossos grupos no Facebook e da nossa Fanpage "Endometriose Online" para que participem conosco de algumas ações que iremos promover ao longo de todo o mês de Junho em prol da conscientização da Infertilidade.

Para começar teremos uns presentes super especiais para quem curte a nossa página. Fiquem atentos às próximas postagens!

No blog do Gapendi, dedicaremos a Sessão: "RespondEndo: Pergunte ao Doutor", totalmente para as dúvidas referentes à infertilidade.
E ao longo do mês teremos ainda mais atividades!

Fiquem atentos!!!


EQUIPE GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante

quarta-feira, 28 de maio de 2014

UM POUCO SOBRE ABRACENDO SALVADOR/BA!!!





Olá!!

No último sábado aconteceu em Salvador/BA o nosso AbracEndo!!! Foi uma manhã maravilhosa onde pudemos, panfletar e conscientizar uma parte da população acerca da Endometriose!!


Ficamos bem surpresas com a presença das portadoras soteropolitanas na ação!! Foram mais de 15 portadoras, sem contar com seus familiares ( mamães, esposos, filhos, primos, amigos), por conta disso nos dividimos em pequenos grupos para alcançar o máximo de pessoas possíveis, já que o trecho do Farol da Barra se encontrava também em reforma. Com isso, conseguimos distribuir cerca de 200 folhetos informativos acerca da doença!!


O AbracEndo foi todo regado de muito papo, troca de experiencias, orientação, carinho e amizades!!! O bom do AbracEndo é esse, além de termos uma bela oportunidade de nos conhecemos, também temos a chance de ouro de divulgarmos e/ou conscientizarmos a população acerca dessa doença que tanto nos maltrata e machuca! 



















A população soteropolitana acolheu muito bem a ação, pedindo mais panfletos informativos para levarem para familiares e amigos. Alguns conheciam a doença por ouvirem na televisão, outros por ter alguma conhecida que sofre com a doença. Também, pudemos ver, que mesmo com esse "conhecimento" prévio, a grande parte ainda tinham uma informação errada acerca da doença!





















Agradecemos muito a presença de todas as portadoras e, desde já, convidamos a todos para os próximos eventos/ações do grupo GAPENDI!!!

Fiquem atentos pois informaremos, em breve, as datas e os locais das nossas próximas ações!!!






 








Equipe GAPENDI 
Marília Rodrigues
Luciana Diamante




quarta-feira, 14 de maio de 2014

ABRACENDO GAPENDI SALVADOR/BA


Chegou a vez de Salvador/BA realizar o AbracENDO!!! 

Para quem não sabe, a ideia do AbracENDO é fazer encontros nas cidades, nos pontos de grande circulação, para trabalhar com a divulgação e conscientização da doença, através da distribuição de folders/folhetos informativos que serão entregues à população!! 
Venha participar de mais um ABRACENDO ! Vai ser uma manhã especial!! 
Momento único para um encontro entre as portadoras de Endometriose da nossa região recheado de troca de informação, carinho, amizade; além de ser uma ótima oportunidade de levarmos informações acerca dessa doença que tanto nos machuca!

Todos estão convidados: Portadoras, familiares, médicos, amigos e simpatizantes da nossa causa!!
Junte-se a nós!!! Venha lutar, divulgar e conscientizar a população acerca da Endometriose!!!

DATA: 24/05/2014 - Sábado
LOCAL:Farol da Barra- Salvador/Ba
HORÁRIO: 9hs


Caso tenham interesse em adquirir a blusa do grupo, avise-nos pois estaremos levando para o evento! Valor: R$28 
 Quem já tiver a blusa, seria interesse ir para ficar padronizado! Lembrando que o uso desta nao é obrigatório para participar da ação!

Mais informações: gapendi@hotmail.com

EQUIPE GAPENDI
MARÍLIA RODRIGUES
LUCIANA DIAMANTE

sábado, 10 de maio de 2014

HOMENAGEM ÀS TENTANTES NO DIA DAS MÃES

Durante todos os dias desta última semana, o blog do GAPENDI e a página ENDOMETRIOSE ONLINE (Facebook), contaram histórias emocionantes de portadoras de Endometriose que realizaram seu sonho de se tornarem mães de diferentes maneiras. E hoje é o dia de também homenagear àquelas mulheres "tentantes" que com muita garra, lutam por este sonho tão lindo de se tornarem mães! 


"Quando desejamos ter um filho e passamos a sonhar com ele, neste momento, nos tornamos mães, pois já começamos a gerá-lo em nossos corações! Por isto, "mães" todas as tentantes já são, uma vez que desejam e geram seus filhinhos em seus corações!"

Fica aqui a nossa homenagem à todas as tentantes!

Assistam ao vídeo e compartilhem!!!




Equipe Gapendi
Luciana Diamante
Marília Gabriela

sexta-feira, 9 de maio de 2014

ESPECIAL DIA DAS MÃES: Conheça a história da Endomamãe Bel Nemec!!!!

Olá!!!

Finalmente chegamos ao fim da nossa maratona de depoimentos da semana do dia das mães!!!
Hoje, para encerrar, trazemos a história da nossa amiga Bel Nemec, de São Paulo. A história da Bel é simplesmente fantástica! Ela é aquele tipo de mulher que lutou de todas as formas e maneiras para realizar seu grande sonho da maternidade!! Desde nova a Bel já enfrentava fortes dores, teve o diagnóstico de endometriose e ... melhor vocês lerem!!! Não vão se arrepender!!

"Desde os 14 anos quando menstruei pela primeira vez, tinha cólicas terríveis e desde então sempre tomei anticoncepcional. Em dezembro de 2007 já com 24 anos, fiz a minha primeira vídeo indicada pela ginecologista que me tratava desde os 14 anos, isso aconteceu exatamente 1 mês antes do meu casamento. Na cirurgia foi eliminado os focos de endometriose que eram pequenos e também foi descoberto que minhas trompas eram obstruídas. 
Chorei muito e comecei a correr atrás de tratamento para FIV mais barato. No final de 2008 fiz minha primeira FIV com resultado negativo, logo quis partir para segunda FIV que não pode ser concluída por ter tido hiperestimulo muito forte que quase me matou. Desisti de ter filhos e deixei os embriões congelados, no fundo a vontade não tinha morrido, mas o medo de morrer era muito maior naquele momento. 
Após as FIVs, as cólicas começaram a vir cada vez mais forte e resolvi mudar de médica. Recebi uma indicação de uma ginecologista que me receitou Zoladex 10.8, tomei então 2 doses e ao final de 6 meses as dores eram ainda piores, parecia que o Zoladex só fez piorar. A médica então decidiu que eu deveria fazer nova vídeo e me indicou outro médico. Passei com 5 ginecologistas diferentes e todos me indicaram nova vídeo, até que conheci o meu atual médico, esse me disse que eu poderia estar passando por uma fase de hipersensibilidade a dor provocada pela menopausa induzida, me receitou então 1 ampola de testosterona e novo anticoncepcional.
Dois anos sem dor, meu médico simplesmente tinha resolvido meu problema, e com isso a vontade de ser mãe voltou com tudo. Como havia pago pela FIV resolvi procurar o médico e fazer a transferência de embrião, mais um negativo. Falei com meu médico e decidi fazer mais uma transferência dos embriões restantes, mas dessa vez seria feita com ele. Fiz tudo quanto foi exame, muitos tive que pagar e lá fui eu transferir os embriões, e assim recebi mais um negativo pra minha lista. 
Acabou os embriões e com isso tive que aceitar que a vontade de Deus naquele momento não era eu ser mãe e que talvez essa fosse somente uma vontade minha. Voltei a tomar anticoncepcional e também voltaram as minhas dores em 2012 para me aterrorizar. Remédios a base de opióides passaram a andar na bolsa e com isso meu médico resolveu que teria que fazer nova vídeo. 
Em outubro de 2013 fiz a vídeo e o resultado foi muito melhor do que imaginávamos, meu médico não só tirou os focos da endo como também desobstruiu minhas trompas. Ele disse que as chances de gravidez eram pequenas, mas que eu deveria tentar até fevereiro. 
No dia 11 de fevereiro com 2 dias de atraso fiz o beta que deu negativo. Chorei muito e percebi que não tinha mais chances, foi aqui que malhei muito na academia, tomei todas na festa do meu pai no dia 15/02 e no dia 21/02 fui parar no PS com muita dor de estomago e enjoo, resultado dos exames foi beta HCG = 85UI/L, GRÁVIDA!
Hoje estou com 15 semanas e esperando minha menina, minha Lígia! Já puder vê-la no US chupando o dedo, o que me fez chorar muito, mas dessa vez de emoção e felicidade!!! Durante a fase mais difícil da minha vida de dores e decepções eu tive a sorte de ter ao meu lado um companheiro que me deu amor, colo e a mão quando achei que tudo estava perdido! 
Agradeço muito a Deus por ter um marido tão maravilhoso, uma mãe tão carinhosa, uma irmã que chora comigo, uma família que apoia e um grupo de amigas, endoamigas, que me ouviram e me ajudaram nos piores momentos!!! Obrigada Gapendi por ter sido e ser tão importante!!!"




Depoimento lindo e emociante esse da Bel, né?!! E é com ele que nós encerramos os depoimentos da nossa semana do dia das mães!!!
Agradecemos de todo o coração a participação da Bel, que nos enviou seu depoimento com todo carinho!! 
Esperamos que o nosso objetivo maior tenha sido alcançado: Mostrar para todas as portadoras que embora, em alguns casos, a maternidade seja difícil, dolorosa, demorada, cheia de pedras no caminho, o importante disso tudo é nunca desistir de realizar o seu sonho!
Aproveitamos para agradecer a cada uma das mamães que participaram dessa nossa semana diferenciada e que nos mostraram um pouco da luta que foi até a concretização da maternidade!!
Desejamos a todas as MAMÃES do GAPENDI, um FELIZ DIA DAS MÃES! Vocês merecem guerreiras e companheiras de sonhos!!!
E também desejamos a todas as TENTANTES, um FELIZ DIA DAS MÃES!! Sim, pois brota em vocês um sonho maior e único, que deve ser sempre persistente!!!!  


Equipe GAPENDI
Luciana Diamante
Marília Rodrigues


quinta-feira, 8 de maio de 2014

ESPECIAL DIA DAS MÃES: Conheça a história da Endomamãe Lilian Graciani Pullig

Como uma mulher se torna mãe? O que afinal é ser mãe?

Quando desejamos ter um filho e passamos a sonhar com ele, neste momento, nos tornamos mães, pois já começamos a gerá-lo em nossos corações.

Na história de hoje, vamos conhecer uma Endomamãe, participante do GAPENDI, que gerou sua filhinha em seu coração e no tempo certo, Deus lhe presenteou com a maior alegria de sua vida e a de seu marido!

Esta é a história de Lilian e a forma maravilhosa e emocionante de como conseguiu realizar o seu maior sonho através da Adoção. O encontro entre mãe e filha foi simplesmente emocionante! Neste relato, podemos perceber o exato momento em que uma mulher se torna mãe!

Impossível será não se emocionar! Leiam:


"O PRA QUÊ... Foram 3 anos de tentativas frustradas, 3 cirurgias de endometriose, 3 meses depois de cada cirurgia eu tentei também engravidar e uma FIV negativa. Nesse longo período de 6 anos foram muitos choros, risos e desesperos. Mas o engraçado que eu sempre perguntava pra Deus O “Pra Quê”? E não o “Porquê de tudo isso. E hoje a resposta pra mim é tão clara... foi pra poder conhecer a Natália.




Nossas vidas se encontraram em 25/05/2013. E nosso encontro foi o melhor do mundo. Cheguei para conhecê-la eram por volta das 11 da manhã e no abrigo era hora de almoço. Como já sabiam da nossa visita, a enfermeira do abrigo já me apontou como mãe deste meu anjo dizendo: “Olha quem chegou? - A sua mãe Natalia!” E já me dizendo para dar o almoço dela. Ela estava num cadeirão toda arrumadinha, tirei ela de lá, sentei num banquinho com ela no meu colo e comecei dar seu papa. Ela em meio tudo isso, me sorria tão feliz, seu sorriso era o mais lindo que eu já tinha visto. Ela parecia querer nos agradar, ao nosso lado o Assistente Social do abrigo queria falar das condições de saúde da Natalia (e eu dei bola pra ele?... dei nada eu só tinha olhos para ela), pedi pra ele nos deixar aproveitar aquele momento que era o nosso primeiro contato. Depois falaríamos com ele. E ele percebeu nosso encanto e nos atendeu.

Depois que ela almoçou, saímos daquele ambiente e fomos para área externa do abrigo, lá tinham dois sofás, e ficamos ali brincando com ela. Eu e meu esposo nos encantamos com ela, realmente foi amor à primeira vista, ou sorriso a primeira vista (aquela boquinha com poucos dentinhos... não consigo esquecer). Ficamos lá por algumas horas, o tempo voou... A gente se olhava e já sabia que ela era nossa. Não existiam duvidas, estávamos diante do nosso sonho. Fomos embora muito felizes com o nosso encontro.


Paramos para almoçar e combinamos de contar a todos os familiares em um café da tarde em nossa casa sobre a nossa decisão. Houve quem ficou receoso de inicio, mas muitos vibraram... Daí foi quando começou a parte mais dolorosa desta fase, ir visitar e não poder leva-la para casa, depois leva-la pra casa e ter que devolver no abrigo... Numa das visitas, quando cheguei eu fui ao seu encontro, era de tarde e ela estava no berço, quando ela me viu, já me reconheceu, ela ficou de pé e nós nos abraçamos, ficamos neste abraço por alguns minutinhos, era tão bom vê-la, te-la comigo tão pertinho. Minha mãe estava comigo neste dia, ela fala até hoje desse abraço, diz que foi uma cena muito emocionante de se ver, uma criança tão pequenina matando a saudade de sua mãe, pois ela já me reconhecia como a mãe dela. Esta é a parte mais dolorosa da adoção, mas também é a parte mais bonita, vemos o amor nascer. Onde Deus e a Justiça nos colocam a prova, pois quem suporta tudo isso é somente pelo amor. E um amor que é tão grande que ausência desta pessoinha chega a doer no peito (dói de verdade, não em sentido figurado não). Mas neste momento também temos a certeza de que tudo irá acabar e que em certo dia, quando o Juiz determinar, ela vai para casa de vez. Daí com um documento na mão, nem a mãe biológica batendo na minha porta, têm o direito de levá-la.

Sentimo-nos realmente pais. Esse dia foi em 18/07/2013. Pensa na felicidade que nos sentimos... Eu estava no trabalho e o Bu tinha ido buscar a Naty para passar o fim de semana com a gente, eu recebi a lição da Psicóloga do Fórum com esta noticia por volta das 13:00hs, ele já tinha saído do abrigo com ela, estava a caminho de casa, liguei para ele, falei que ela nunca mais voltaria para lá, pois tinha saído a guarda, ele me perguntou se voltava pro abrigo para avisa-los... eu lhe disse: de jeito nenhum, se você voltar eles não te deixaram sair com ela daí, vem embora, me pega no serviço e vamos direto para o Fórum pegar os papeis. Foi isso que fizemos, quando ligamos pro abrigo para avisa-los a coordenadora ficou muito brava, disse que a gente a enganou, mas não só não podíamos perder a presença dela junto de nós naquele momento, afinal o juiz já tinha determinado que ela poderia ficar conosco. Então pra quê deixa-la no abrigo mais um dia? Nem pensar eu queria isso! Queria ela comigo no conforto da nossa casa. Eu mandei mensagem para todo mundo, dizendo: “- Agora ela é minha de vez, ninguém mais tira ela de mim.”

Ao sair do Fórum, nós três de mãos dadas caminhando, nossa sombra refletida em nossa frente foi a coisa mais linda de ver. Nossa família era a nossa família ali. Tanto tempo sonhando com isso. Eu estava muito feliz, eu transbordava felicidade no meu rosto. De lá pra cá só tenho aprendido com esta pequena, ela é muito especial. Ela é uma criança alegre, feliz, encanta todos que a veem. Escutá-la dizendo: “- ohhh mamãeeee”, é tudo de bom, me dá muito orgulho.

Ela tem uma expressão no olhar muito forte... ela me olha bem nos meus olhos e me deixa de pernas bamba. Me hipnotiza. Seu olhar é encantador! Não consigo enxergá-la como se não fosse minha filha, pois ela é, mas parece que saiu de mim! Nosso amor é tão grande por ela e sinto que o dela é muito grande também, nos seu carinhos, abraços, beijos; me realizo!

Posso dizer a todos SOU REALIZADA COMO MÃE ADOTIVA, MÃE DE CORAÇÃO, MÃE DE VERDADE. No amor não há diferenças, restrições ou meio termo. Quando a gente realmente ama, ama pra valer! Hoje pela manhã, quando a peguei da cama para leva-la ao banheiro (ela esta na fase do desfralde), por passar por um espelho, ela ainda sonolenta, com os olhinhos ainda fechados, com o seu rosto coladinho no meu, percebi que ela estava sorrindo, voltei a frente do espelho e fiquei admirando ela. Acredito que nosso amor é tão grande e forte, que isso não é coisa desta vida só não. Nosso encontro aqui nesta vida é uma coisa muito abençoada, é coisa de Deus mesmo!!!!


ESTA FOI A MINHA DECLARAÇÃO DE AMOR PARA A NATALIA NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO (25/12/2013).


“Ontem foi meu aniversário, presentes, ganhei muitos, mas o maior já estava comigo, apesar dela ainda não entender nada, foi o que fez o meu dia se tornar mais especial. Natalia minha filha mais que querida! Em muitos outros aniversários assoprei a velinha pedindo este presente, demorou sim, pois Deus estava caprichando ela pra mim. Hoje posso dizer que minha vida esta completa e muito mais feliz! Hoje o aniversário é dela! Meu pequeno tesouro completa dois aninhos de vida. O primeiro de muitos da vida dela vivido em uma família. Filha, antes me diziam e eu não conseguia compreender o que era este amor de mãe, hoje por você consigo vivê-lo, obrigada por me proporcionar isso! Filha você é a pessoinha mais linda desse mundo, amorosa, carinhosa, feliz, de bem com a vida, a melhor coisa que poderia ter me acontecido! Chorei muitas vezes perguntando a Deus os reais motivos por não conseguir engravidar, mas hoje sei que tudo isso foi pra poder te conhecer. O “Porquê” se tornou o “Pra quê”! Nosso encontro estava marcado e foi amor ao primeiro sorriso, me apaixonei por você naquele instante e já sabia que minha vida mudaria depois de ver aquele seu olhar cativante que ainda me deixa de pernas bambas quando me olha! Já estou aqui chorando: “Filha te amo muito, muito, muito, muito mesmo!!!  Vou fazer o possível e o impossível pra te ver feliz! Vc é hoje a minha maior razão de viver! Feliz aniversário minha bebê! Mamãe te ama muito!

Agradecemos imensamente à Lilian por dividir conosco a maneira tão especial de como venceu a infertilidade e se tornou mamãe. Sua história nos inspira e nos faz refletir sobre a adoção, que é um caminho possível para realizarmos o nosso sonho! 

Que a história de Lilian também sirva de incentivo e esperança para todas aquelas que estão a espera de seus filhinhos na fila da adoção! Não desistam! Logo, em breve, seu maior presente chegará!

E não se esqueçam: "mães" todas as tentantes já são, uma vez que desejam e geram seus filhinhos em seus corações!

Amanhã teremos mais uma história linda e emocionante! Não percam!

Até lá!


Equipe Gapendi
Luciana Diamante
Marília Gabriela

quarta-feira, 7 de maio de 2014

ESPECIAL DIA DAS MÃES: Conheça a história da Endomamãe: Thaila Fernandes

Hoje vamos conhecer mais uma história de superação: da carioca e participante do GAPENDI, Thaila Fernandes

Assim como muitas portadoras, Thaila descobriu a endometriose quando parou de tomar o anticoncepcional para tentar engravidar. Após passar por muitos médicos que não souberam diagnosticá-la, ela finalmente descobriu o motivo de sua infertilidade: uma endometriose severa! 

Mesmo ouvindo dos médicos que só engravidaria através da FIV, ela não desanimou. Correu atrás de um médico especialista para fazer seu tratamento e, quando parecia que tudo iria dar certo, acabou passando por uma experiência que nenhuma tentante quer passar: o aborto! 

Mesmo assim, com o apoio de seu Endomarido, se reergueu e continuou firme e forte em seu objetivo! 

Leiam abaixo, como Thaila conseguiu realizar o seu sonho de se tornar um endomamãe. A história dela servirá como incentivo e esperança à muitas tentantes!




"Meu nome é Thaila, tenho 32 anos e minha historia com a endometriose começou entre o final de 2009 e inicio de 2010, quando decidi parar de tomar o anticoncepcional para engravidar. Com isso os meses foram passando e nada de um positivo. Só as cólicas que foram voltando e o ciclo ficando mais forte. Tomava anticoncepcional desde os 13/14 anos, pois sempre tive cólicas fortes e os médicos que fui, na época, passaram um anticoncepcional para regularizar o fluxo, que tomei até então. Realmente as cólicas diminuíram e por meses até sumiram. Mas, hoje sei que tinha endometriose desde então, e que o anticoncepcional serviu para mascarar os sintomas durante anos.

Quando foi em meados de 2011, já preocupada, pois não conseguia engravidar, fui a um ginecologista que tratava também de infertilidade. Ele disse que podia ser normal, mas me passou um exame de histerossalpingografia (que deu normal), ultrassonografia (normal) e me receitou o Clomid + Ovidrel.

Fiquei encucada e não tomei a medicação, já com os exames fui procurar outro ginecologista. Nesta médica, expliquei novamente toda a minha situação e disse que estava há praticamente 2 anos tentando e nada e que voltei a ter cólicas fortes no 1° dia do ciclo. Ela me passou a Ressonância, mas isso já em dezembro de 2011. Fui, então, diagnosticada com endometriose severa e soube que eu só conseguiria engravidar por FIV. Meu mundo parou naquele momento, sai da consulta muito mal, querendo sumir. Ela me indicou uma especialista em vídeo e uma clinica de fertilização, para ver se no meu caso valeria a pena operar antes da FIV.

Fui nessa medica e a mesma disse a mesma coisa, “gravidez só por FIV” e que achava que eu não deveria fazer a vídeo no momento, por causa da reserva ovariana. Disse, ainda, que operava só no particular com a equipe de outro médico e que a minha cirurgia iria sair por volta de uns R$27.000,00. Mediante a isso, marquei uma consulta na Clínica de Fertilização, onde ouvi a mesma coisa, e sai de lá com um orçamento para FIV no valor de R$20.000,00.

Foi aí que, mesmo esgotada emocionalmente, resolvi ir a mais um medico (indicado anteriormente por uma conhecida). Já na 1° consulta ele me acalmou e disse que eu engravidaria sim e sem tratamento, que faríamos uma Videolaparoscopia (já sai de lá com ela marcada) e que tudo se resolveria. Explicou-me que não adiantava fazer uma FIV direto (mesmo que desse certo), pois eu precisava cuidar da minha saúde em 1° lugar, que realmente meu caso precisava de uma cirurgia por Vídeo. Tanto eu quanto meu “endomarido” (que foi e vai comigo em todas as consultas) saímos de lá muito confiantes e vimos que ainda existem médicos de bom coração, que trabalham por amor à profissão e não ao dinheiro.

Feito os exames necessários para a Vídeo, operei dia 14/08/2012. Segundo o meu médico, a coisa estava feia, tudo aderido, mas graças a Deus não precisei tirar um pedaço do intestino. Porém, tinham endometriomas nos dois ovários, no ligamento uterosacro, peritônio e aderências em todos os lugares (trompas, ovários... enfim tudo grudado mais intestino).
Depois da Vídeo, o ginecologista me deu de 4 a 6 meses pra tentar, caso não conseguisse entraria no Zoladex. Em janeiro de 2013 nada de gravidez, teria que tomar o Zoladex, porém tomei uma decisão por conta própria: não tomaria o Zoladex e ficaria o ano de 2013 tentando, pois mesmo sabendo do risco da endometriose voltar, a vontade de ser mãe era ainda maior!



Foi quando em abril veio o tão sonhado positivo, mais no inicio de Maio, tive um sangramento e uns 10 dias depois (fiquei de repouso absoluto, tomando medicação pra segurar), mas mesmo assim tive um aborto espontâneo (com 8 semanas). Fiquei arrasada, nesse tempo todo só sabia chorar e rezar para nada acontecer. Porém, essa foi a vontade de Deus e vi que ainda não era meu momento. E como sempre, o meu ginecologista me fez enxergar de outra forma, ele disse que isso serviu pra provar que eu era sim capaz de engravidar normalmente e que não desistiria de mim. Isso me deu mais força para continuar tentando.

Foi quando em novembro de 2013 veio outro positivo. Hoje já estou com 30 semanas a espera do meu milagre: Pedro. Sei que a minha luta com a endometriose não acaba por ai, que apenas venci uma batalha dessa guerra, mas que ainda tenho uma vida inteira pela frente para combatê-la. Assim que meu filho nascer, volto a focar nela, e assim continuar meu tratamento.

Mas o que queria falar pra vocês é: Não desistam. Tudo acontece no tempo certo, tempo esse que não somos nós que escolhemos. Deus sabe o que faz, e não da um fardo maior do que podemos carregar. Temos que aceitar e entender a vontade de Deus e nunca perder a fé. Além de seguir com o tratamento e procurar sempre um ginecologista especialista que te passe confiança. Nem que para isso tenhamos que trocar de medico umas 1000x!"


Agradecemos imensamente à Thaila por dividir conosco sua história de superação e luta! Vale lembrar que mesmo grávida, Thaila não deixou de colaborar para a divulgação da endometriose. Esteve presente em todos os eventos do GAPENDI feitos no Rio de Janeiro, inclusive no último AbracEndo, onde também participou nos ajudando a distribuir panfletos para conscientização da Endometriose! Com certeza, ela é um grande incentivo e exemplo de força e determinação para todas as tentantes!

E não percam! Amanhã teremos mais uma linda e emocionante história de uma endomamãe muito especial! Vocês vão se emocionar!

Até lá!

Equipe Gapendi
Luciana Diamante
Marília Gabriela


terça-feira, 6 de maio de 2014

ESPECIAL DIA DAS MÃES: Conheça a história da Endomamãe Thereza Christina Griep!!!!

Oláa!!

Continuando os nossos post´s sobre as mamães portadoras de Endometriose, hoje trazemos a história da nossa amiga Thereza Christina Griep, de Araguari/MG
A Thereza sempre sentiu dor, desde a primeira menstruação!! Como muitas portadoras, sempre procurou médicos e todos diziam que as dores eram normais! Até que aos 28 anos junto com as dores intensas, ela também começou a apresentar hemorragias!!! Em 2013, ela finalmente operou e logo em seguida procurou ajuda de médicos especialistas em reprodução humana e acabou descobrindo que o exame do Hormonio Anti- Mulleriano dela estava muito baixo. 
Para quem não conhece e não sabe que exame é esse, o Hormônio Anti-Mulleriano (HAM) é um exame de sangue simples, porém usado como marcador da reserva ovariana usado em técnicas de Reprodução Assistida. Esse hormônio, quase sempre, dosa o estoque de células germinativas e a qualidade de óvulos estocados nos ovários. Por isso é tão usado por alguns médicos especialistas em reprodução humana.
Voltando a história da nossa amiga Thereza, vale a pena ler pois é surpreendente!!


"Minha história começa a 15 anos atrás, quando fiquei menstruada pela primeira vez. Nos primeiros ciclos não senti nada, mas com 6 meses comecei a sentir cólicas absurdas sempre com muito vomito. Quando completei 16 anos, ou seja um ano após a menarca minha mãe me levou no ginecologista para ver o que estava acontecendo e a ginecologista falou que era normal e me receitou anticoncepcional para diminuir as cólicas, realmente funcionou nos primeiros meses eu melhorei muito das dores durante os ciclos menstruais.
Com 17 anos tive uma crise de dor, desmaiei e vomitei muito, fui parar no ambulatório da escola que eu estudava, disseram que eu estava com pressão baixa e hipoglicemia, tomei soro, medicação e pronto.
Mais dois anos se passaram e eu estava com 19 anos veio a próxima crise de dor, muito vomito, comecei a apresentar febre junto com as dores e fui parar no Pronto Socorro, o médico me examinou e disse, você está com apendicite, vou te colocar no soro, você irá receber remédio para a dor e veremos como será a evolução, depois de 3h internada a dor, o vomito e a febre passaram e o médico me liberou dizendo que eu tinha um tipo de apendicite raro que inchava e desinchava e por isso não precisava operar.
Esse mesmo episódio da dor crônica se repetiu mais duas vezes, uma com 20 anos e depois com 22 anos tive outra crise, e nesta o médico que me atendeu no Pronto Socorro me mandou ir em um gastro e na ginecologista pois eu poderia estar com algum outro problema no ovário ou no intestino. Procurei uma nova médica e fiz diversos exames que não chegaram a diagnostico algum nem no ovário e nem mesmo no trato gástrico.
O tempo passou e as dores incomodavam muito, mas como todos os médicos que eu ia diziam ser normal, eu imaginava que estava tudo bem.
Com 28 anos tive um episódio grave de hemorragia, fui parar 3 x no hospital e ninguém sabia me informar o que gerou a tal hemorragia, a qual me levou a um quadro de anemia. A hemorragia passou e retornou 7 dias após, foi então que consultei com um especialista ele avaliou, mas não pode me examinar devido ao fluxo muito forte, o quadro e exatamente como ele disse após x dias a hemorragia passou e conforme orientação dele e da minha ginecologista suspendi o anticoncepcional. Ai começaram as dores novamente, só que agora mais fortes a cada mês, resolvi tentar engravidar, já que não estava tomando remédio e de jeito nenhum conseguia um positivo, fizemos vários exames e o máximo que conseguimos foi descobrir que eu tinha um cisto no ovário.
Fiquei nesta luta por um ano, foi um ano de cólicas insuportáveis, idas sem fim ao Pronto Socorro e mais duas indicações de cirurgia, agora para a retirada do ovário direito, devido a um cisto que tomou uma proporção gigantesca e que me fazia sentir dores insuportáveis, não deixei o médico operar, para aguentar as dores eu tomava uma quantidade infinita de medicações para a dor e os exames que nunca chegavam a diagnostico nenhum. Cheguei a tomar medicação forte de 4 em 4h para a dor durante 15 dias do mês, pois as dores me incapacitavam de tudo, somente com a medicação eu conseguia ter uma vida +- normal.
Após um ano de dores, exames e nenhum diagnostico a médica me disse que eu tinha algum problema para engravidar, que ela não sabia o que era e me mandou procurar um especialista.
Minha cunhada que é medica me levou em um especialista em Endometriose e na primeira consulta em 20\12\12  ele me examinou e na mesma hora veio a bomba:
“ Você tem endometriose profunda, seu intestino tem um tumor enorme que está fechando o mesmo e comprimindo o útero, do jeito que está você nunca irá engravidar! Os médicos que você foi até hoje nunca viram seu problema? Você nunca sentiu cólica? Você nunca teve problemas no intestino durante o ciclo menstrual? Isso ai não se formou esses dias, faz uns 15 anos que vem evoluindo seu problema. Precisamos fazer uma cirurgia para retirar este tumor e ver o que mais está acometido, pois seu caso não é dos mais simples e não sei o que poderemos encontrar e nem o que poderemos salvar no seu caso”.
O choque foi enorme, saímos do consultório chorando, sem saber ainda direito o que era endometriose e o que ela poderia causar.
Foram necessários 15 anos de muito sofrimento, muita dor, para somente após tudo isso eu descobrir que tinha endometriose e nunca fui tratada como era necessário? Por que nossos médicos e ginecologistas não sabem e não entendem esta doença para podermos iniciar o tratamento logo no início? Como ainda é possível num mundo globalizado e com tanto informação como são os dias de hoje?
Bom fizemos todos os exames e dois meses depois do diagnostico estava eu no centro cirúrgico para a videolaparoscopia para a retirada dos cistos e do tumor que acometia o intestino. Dia 28\02\2013 começou a cirurgia as 07:00h da manhã  e acabou mais de 14:00h,  foram retirados 20cm do meu intestino, junto com o tumor, o ovário e trompa esquerda, um pedação do ovário direito pois havia um grande endometrioma dentro dele, mais diversos cistos na pelve, sem contar na adenomiose que também constava no laudo da ressonância. Foi feito a biopsia de tudo e como já era esperado, todas as peças eram de endometriose. O médico optou por não usar nenhum tipo de medicação e me indicou engravidar como tratamento, já 30 dias após a cirurgia.
Após os 30 dias, procurei três especialistas em fertilidade os quais pediram mais um monte de exames, todos deram normais, porem como fiquei apenas com um pedacinho do ovário direito minha reserva ovariana ficou muito baixa, meu HAM é 0,24. O primeiro médico em Uberlândia avaliou o caso e veio o diagnóstico, sua chance de engravidar mesmo com a fiv é de 1%. Eu e meu marido não acreditamos no diagnóstico e fomos em outros dois médicos, um em Uberlândia e outra em Porto Alegre, a ultima médica em Porto Alegre avaliou meu caso e disse que minha chance era reduzida, mas que eu iria conseguir, me liberou tentar engravidar naturalmente com coito programado somente por 4 meses, infelizmente não consegui, e tivemos que partir para a FIV, pois a endometriose poderia voltar e eu perder o pedacinho de ovário que sobrou.
Em setembro de 2013 fiz a fiv, tomei doses altíssimas de hormônios para que meu pedacinho de ovário respondesse a estimulação, conseguimos 5 óvulos, porem um estava cego, então ficaram 4, os 4 fertilizaram. Em 28\09\13 fizemos a transferência dos dois melhores embriões.
Em todo o tratamento que é caro e desgastante, nada foi pior que esperar os 10 dias depois da transferência para ver se deu certo ou não. No dia anterior ao beta tive um pequeno sangramento e fui dormir com muito medo de ter dado tudo errado. Fomos cedo para o laboratório e meu marido não teve coragem de ir comigo buscar o resultado, pensei um monte de coisas e quando peguei o resultado fiquei sem saber o que fazer, depois de muitos beta negativos, um beta com o valor de 464 depois de 10 dias da transferência era um sonho sendo realizado. Então dois dias depois do Beta fizemos o primeiro ultrassom e veio a maior surpresa, não era um bebe e sim dois, os dois embriões colocados pegaram.
Agora já estou no final da gestação, os bebes estão com 34 semanas e são enormes, minha gestação foi muito tranquila, não tive nenhum tipo de enjoo, vomito, nenhum descolamento e nenhum grande desconforto, a não ser um pouco de falta de ar, mas também com dois meninões na barriga nada mais natural. Os bebes são enormes e estão muito saudáveis.
Meninas não desistam do tratamento e nem dos seus sonhos, mesmo se vocês encontrarem médicos que não sabem tratar nosso problema, ou de médicos que nos dão diagnósticos muito tristes e frustrantes, nós podemos vencer a endometriose e além ter uma vida normal, podemos sim realizar nossos sonhos."




Agradecemos muito a Thereza por ter aceito o nosso convite e ter compartilhado conosco essa sua história, já que sabemos que muitas tentantes, quando realizam o exame do Mulleriano, ficam aflitas e tristes quando o resultado é baixo!! Com isso acabam indo para o processo de FIV descrentes e desmotivadas!!! 
Sua história, Thereza, só nos prova que quando Deus quer, nada impede contra e que não podemos desistir jamais dos nossos sonhos!!! Que seus bebês venham com toda saúde e que encha sua vida de toda felicidade!!!

Gostaram?!!! Amanhã vamos trazer mais uma linda história de uma portadora de endometriose e que conseguiu realizar o sonho da maternidade!! Não percam!

Até a amanhã!!!

Equipe GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante 



segunda-feira, 5 de maio de 2014

ESPECIAL DIA DAS MÃES: Conheça a história da Endomamãe Gizela Lucy!!!!

Olá!!!!


Essa semana, para muitas portadora de Endometriose, acaba sendo sofrida por ser a semana que antecede o dia das mães!! Sabemos que Endometriose, além das dores físicas, trás também uma dor emocional intensa para aquelas que têm o sonho da maternidade!!
Estima-se que 30 a 40% de mulheres inférteis, submetidas à laparoscopia, apresentam diagnóstico de Endometriose, o que sugere uma ligação muito próxima entre a doença e a dificuldade para engravidar. Para irmos mais longe, a Endometriose é a principal causa de infertilidade feminina. Inclusive, já falamos sobre a Infertilidade e a Endometriose aqui no nosso blog!
Porém, sabemos que muitas portadoras, inclusive nos nossos grupos no Facebook, conseguem realizar o sonho da maternidade! Seja este sonho vindo naturalmente, através do auxílio da Reprodução Assistida e/ou pela Adoção.
Para aquelas que pensam em engravidar naturalmente e/ou através da técnica de reprodução humana, o diagnóstico inicial e o acompanhamento com médicos especialistas na doença é essencial. Já para as que pensam em realizar o sonho através da adoção, paciência é fundamental para lidar com a burocracia que todo processo exige!! 
Não importa a forma como seja, o importante mesmo é nunca desistir!!!
Por isso mesmo, ao longo dessa semana, vamos tá postando diariamente depoimentos com histórias fantásticas de portadoras com endometriose que realizaram o seu sonho da maternidade!! São 5 lindas e emocionantes histórias reais, vividas por portadoras que frequentam os nossos grupos no facebook!
Queremos com isso incentivá-las, motivá-las e mostrar que mesmo com a Endometriose podemos sim realizar o sonho da maternidade!!!! Hoje vamos tá contando a história da nossa amiga Gizela Lucy, de Brasilia!! 
A Gizela, assim como muitas das portadoras de Endometriose, sempre teve dores intensas no período menstrual e só teve o seu diagnóstico anos depois!! Por conta disso, ela teve que realizar 4 cirurgias, sendo que na terceira retirou focos no útero, ovário, bexiga, intestino, apêndice e reto, além de ter saído com uma bolsa de ileostomia no lado direito da barriga! Vale muito a pena ler e conhecer a história dela!!


"Minha primeira menstruação veio aos 14 anos e de lá, até outubro de 2012, mês da minha cirurgia de endometriose, convivi com as cólicas, hoje estou com 37 anos. Nos primeiros anos tudo parecia normal, como se as cólicas menstruais fizessem parte de um ciclo mensal que tinha de passar por ele, mas com o passar do tempo as coisas foram piorando. Em 1998, descobri um cisto raro no meu ovário direito, do tamanho de uma laranja, o que me levou a primeira cirurgia para retirada do ovário. E o tempo foi passando, cólicas aumentando, mas quando a gente ainda não pensa em ser mãe, tudo nos parece normal, não é mesmo?
Em 2009, foi a vez do ovário esquerdo, outro cisto, o que realmente me preocupou, já era noiva, então veio o medo de perder o único ovário e a possibilidade de não engravidar me apavorou. No entanto, desta vez somente foi preciso retirar parte do órgão e preservar a produção dos óvulos. Nesta segunda cirurgia, também veio o diagnóstico de endometriose no reto. Perguntei ao médico se aquilo também teria sido tratado e ele disse que sim, que havia cauterizado. Tão logo me recuperei da cirurgia já comecei a tentar engravidar e, ao parar de tomar o anticoncepcional, as cólicas vieram com intensidade máxima.
A cada mês as coisas iam piorando, dores me impossibilitavam até de andar, pois com o foco no reto, irradiava para a perna e eu não conseguia sair da cama. Remédios não faziam efeitos, era esperar os dias passarem. Foi aí que, por misericórdia de Deus, fui a uma médica que vendo os meus exames, ligou imediatamente para outro especialista em endometriose, aqui em Brasília, que me atendeu prontamente, pediu outros exames e diagnosticou corretamente a endometriose em seu alto grau, infiltrativa, mas a extensão e a gravidade somente poderiam ser vistas no momento da cirurgia, durante a vídeolaparoscopia.
Então, fui pra minha terceira cirurgia, desta vez com o ginecologista especialista em Endometriose e Proctologista, o procedimento levou quase 7 horas, onde foram retirados os focos no útero, ovário, bexiga, intestino, apêndice e reto. Além disso, acordei na UTI com uma bolsa de ileostomia no lado direito da barriga, sim, um pedaço do meu intestino estava para fora do meu corpo e permaneceria alí, por um bom tempo. Ela foi necessária, já que a endometriose criou aderências no reto, local que sofreu um encurtamento e por isso da ileostomia, para possibilitar a devida cicatrização. A partir daí senti que Deus me carregou no colo, pois passei os 10 dias mais sofridos da minha vida, não comia, não dormia, vomitava muito, tive crise de ansiedade, não conseguia ficar parada sequer um minuto, acho que fiz uma maratona andando pelo hospital com meu marido, que foi o meu pilar em todos os momentos, mas consegui passar por essa segunda fase de dor.
Em casa, sofri com as cólicas intestinais, a dor era maior que as cólicas menstruais, mas também consegui passar por isso. Três meses depois marcamos a reversão da ileostomia, e eu fui fazer exames pré-operatórios, dentre eles tinha o Beta HCG (gravidez), que fiz sem esperanças, pois a indicação médica após a cirurgia era a fertilização in vitro, que já seria feita logo após a reversão da íleo. Mas para surpresa geral, o exame deu positivo, eu estava grávida de 6 semanas!!! Foi o momento mais mágico da minha vida, saber que eu carregava um milagre dentro de mim, que chegou de mansinho para amenizar toda a dor.
Com a gestação, não pude reverter a ileostomia, pois a prioridade era a vida do bebê naquele momento. Passei toda gestação convivendo com meu intestino olhando pra mim, a quem chamava de lagartinha, mas a alegria de ser mãe foi maior que qualquer sentimento ou depressão.



No dia 02 de setembro de 2013, nasceu Maria Luíza, Malu, minha luz, paixão de mãe, tenho milhões de adjetivos. Desse dia em diante minha vida se encheu de luz e eu vivo a maternidade com intensa alegria. Passados 6 meses, fiz a reversão, no momento ainda estou me recuperando, mas a minha princesa até nesta hora foi companheira e segurou as pontas sem a mamãe enquanto eu estava no hospital.
Uma coisa eu digo Endoamigas, mesmo diante de todos os acontecimentos, eu nunca perdi a fé e a esperança de ser mãe. Mesmo na dor, nunca me revoltei, mas procurei em mim e na minha abençoada família a força e a paz que precisava.
Se eu sofri? Não mais que todas vocês, e já que não temos escolha entre sofrer ou não sofrer, apenas suportar e, mesmo com as pontuais recaídas e desânimos, busquei escolher o que é possível e cabível a mim: mudar a postura, encarar de frente, com a confiança de que tudo aquilo seria passageiro, sem desistir do sonho de poder engravidar, este era o meu foco, e sabia que as dores fariam parte deste processo. Força Endoamigas, sejam ousadas na fé, é isso que Deus espera de nós!"





Agradecemos muito a Gizela a confiança e por ter nos ajudado mandando sua história para publicarmos na nossa semana!!! Sua história só nos enche de esperança e mostra que, as pessoas têm a terrivel mania de dizer que "Portadoras de Endometriose grave e com situações complicadas, não engravidam!" estão completamente enganadas!!! 

E não esqueçam: durante toda essa semana postaremos depoimentos de mulheres portadoras de Endometriose que conseguiram realizar o sonho da maternidade!!! Por isso mesmo, não desaminem, meninas!!!!


Até a amanhã!!!



Equipe GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante