quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Conferência Internacional discute Direito Reprodutivo na América Latina e Caribe

Olá a todos!

Estamos repassando esta notícia a respeito de uma Conferência sobre Direito Reprodutivo que acontecerá na Cidade do México (México) e terá a participação do movimento brasileiro “Tratamento de Infertilidade para Todos”, do qual nós apoiamos!

Estamos atentas a tudo o que se refere aos Direitos dos casais com infertilidade e lutamos para que tenhamos acesso a este tipo de tratamento através dos Planos de Saúde, bem como através do SUS de forma que seja acessível a todos!

Confiram!



"Apesar de 17% dos casais serem afetados pela infertilidade, a América Latina representa somente 3% do número de tratamentos para a doença realizados no mundo. A quantia ínfima atesta a exclusão social vivida pelos inférteis e retrata o tamanho do desafio para formulação e implementação de políticas públicas que assegurem a saúde reprodutiva na região.

Com o tema de Direito Reprodutivo, representantes de casais inférteis e das sociedades médicas da América Latina e Caribe participam do II Encontro da RedTRAscender, a ser realizado da cidade do México, nos dias 20, 21 e 22 de novembro.

 O evento é organizado desde 2002 pela RedTrascender, primeira rede latino-americana de apoio aos casais inférteis, criada com o objetivo de promover o acesso universal à saúde e aos direitos reprodutivos das pessoas e casais que sofrem com a infertilidade, impulsionando reformas legislativas e reformas nos sistemas de saúde dos países da região, e é apoiado por entidades civis como a International Alliance of Patients Organization  (IAPO) e a International Consumer Support for Infertility (iCSi).

Número grande de países desenvolvidos já coloca a reprodução assistida entre os tratamentos com amparo governamental. Mas, na América Latina, somente dois países o fazem, Argentina e Uruguai, este recentemente em outubro de 2014, tornando o tratamento obrigatório para todos que necessitem, tanto na rede pública como no sistema pré-pago de saúde, sistema semelhante aos nossos convênios de assistência médica.

Convidado a falar na conferência sobre o Acesso aos Tratamentos de Infertilidade no Brasil, Dr. Newton Busso, um dos interlocutores do projeto “Tratamento de Infertilidade para Todos” e vice presidente da ALMER (Associacion Latinoamericana de Medicina Reproductiva), afirma que apesar de existirem leis de amparo aos pacientes que precisam do tratamento a situação nacional é de total descaso: “Dos ciclos de Fertilização in vitro (FIV) feitos no Brasil, 0% é feito pelos planos de saúde e somente 10% é feito pelo serviço público. Ou seja, temos 90% da população que precisa do tratamento contra a infertilidade, doença que afeta um em cada cinco casais em idade fértil, pagando do próprio bolso”

O movimento “Tratamento de Infertilidade para Todos”, que em seis meses já conquistou mais de 18 mil seguidores no Facebook, luta pela inclusão da reprodução assistida no rol de procedimentos da ANS e, consequentemente, garantir a cobertura do tratamento da infertilidade pelo Plano de Saúde. 

“Apesar da Lei 11.935, de 11 de maio de 2009, obrigar a cobertura do atendimento dos planos de saúde aos casais inférteis - conforme previsto no planejamento familiar - a ANS, por meio da Resolução Normativa Nº 211, de 11 de janeiro de 2010, simplesmente excluiu o que a Lei tacitamente obriga.” completa Dr. Newton Busso.

Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar (assistência à concepção e contracepção) é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. A questão é que a ANS, ao não incluir a reprodução assistida no seu rol de procedimentos obrigatórios, permite aos planos de saúde a negativa ao tratamento. Ora, cabe ao médico especialista eleger qual o melhor tratamento para a cura de uma doença, ou à seguradora?

 O II Encontro da RedTRAscender discute essa e outras questões fundamentais para a redução das desigualdades de acesso à saúde, sempre reforçando o papel crucial da sociedade latina como um todo no trato da infertilidade - comunidade médica, governos e organizações de pacientes. Para esquentar ainda mais o debate sobre direito reprodutivo, há intenção de trazer o III Encontro da RedTrascender para o Brasil já em 2015."

 O Projeto:

Site: www.tratamentodeinfertilidade.com.br

Fan Page: https://www.facebook.com/tratamentodeinfertilidadeparatodos

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=G0NNsF-VRTc


Serviço:

Evento:            II Encontro da RedTRAscender

Data:               20, 21 e 22 de novembro

Local:              Cidade do México, México



Mais informações:

Cinthia Fontoura | Meglio Comunicação
e-mail: cfsouza@hotmail.com  tel.: (11) 9 9969 5051 

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Até a próxima!


Luciana Diamante 
Marília Gabriela
Equipe Gapendi

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

LINDO RELATO DA MÃE DE UMA PORTADORA DE ENDOMETRIOSE!!!


Cada dia que passa, estamos recebendo nos nossos grupos GAPENDI aqui no facebook mães buscando ajuda para entender mais sobre a Endometriose, doença pela qual a filha acabou de ser diagnosticada. Ontem a noite, fomos surpreendida com esse lindo depoimento de uma mãe, num dos nossos grupos, e achamos essencial compartilhar aqui, para que todos possam perceber a intensidade dessa doença e o quanto a informação correta só faz ajudar no tratamento e no apoio às portadoras!!
Desde já agradecemos muito a Natalia Claro, que liberou o uso do depoimento, e reforçamos mais uma vez à vocês, mamães, que sentir cólica forte a ponto de incapacitar algumas atividades do cotidiano das suas filhas, NÃO É NORMAL!! O apoio do familiar é extremamente essencial para nós portadoras!!
Em breve vamos trazer um texto especifico falando um pouco mais dessa relação: Mae x Filha X Endometriose!!!



"Sou mãe de uma endoamiga e através desse grupo consegui entender o que é a endometriose, mas precisamente o sofrimento que ela causa a portadora dessa doença. 
Confesso que estou envergonhada pois eu era uma das muitas pessoas que por ignorar o assunto, não dei a ele a devida importância nem atenção. Acho que tentei não me aprofundar na doença, como se eu pudesse dessa forma fazer de conta que ela não existia e muitas vezes disse para minha filha .."larga de ser Exagerada...manhosa...fraca..." mesmo que não de forma agressiva, muitas vezes até de brincadeira. Sempre minimizei seu sofrimento e até achei graça, achando ser manha a suas reclamações. 



Quando soubemos da sua doença, apenas pensei que seria algo para nos preocuparmos somente quando ela estivesse pensando em ter filhos, nada para agora e nada que com tratamento não fosse possível resolver. Tudo muito simples e fácil!!
E quando ela me falava dos seus medos de não, poder engravidar, cortava logo com frases do tipo: "ah, Gi,  você é muito exagerada!" mas nunca deixei ela me falar de verdade do seu medo.
Então como um grito de desespero silencioso, ela conseguiu que fosse adicionada nesse grupo! Foi uma noite inteira lendo os relatos! Fiquei chocada com o tamanho da minha ignorância ...do meu desconhecimento ...chorei muito ...e ainda choro porque precisei na verdade de um choque de realidade da dura realidade que vocês as endoamigas vivem.



Precisei ler os relatos de sofrimento ...os medos ...da luta diária de cada uma de vocês para realizar os seus sonhos que vão desde ser mãe a de ter uma vida melhor, respeito, poio e amor.
OBRIGADO .. Através de vocês consegui ouvir o pedido de socorro que apesar de tanto amor não era capaz! Que DEUS possa abençoar a todas vocês, dando força e saúde e que mais pessoas possam ter a oportunidade de conhecer para poder apoiar e dividir e lutar juntas ...
A minha filha ..só me resta pedir Perdão ...e dizer te amo ...ainda e para sempre!!"

Lindo, ne?!!! De fato emocionou muito, não apenas a nós moderadoras, mas todas participantes do grupo GAPENDI. 
Sem dúvidas, essas coisas nos motivam muito mais a continuarmos com o trabalho do grupo, dando toda orientação necessária e possível, tanto as Portadoras quanto aos seus familiares.
Quem quiser mais informações sobre Endometriose na Adolescência, vale a pena ler o texto da médica e parceira Dra. Luciana Chamié, segue o link: Endometriose na Adolescencia!

Até mais!!

EQUIPE GAPENDI
Marília Rodrigues
Luciana Diamante