sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

RESPONDENDO: PERGUNTE AO DOUTOR!

Olá, pessoal!



Vamos tirar nossas dúvidas sobre a endometriose?

Esta é a primeira publicação de 2015 do nosso quadro: “RespondEndo: Pergunte ao Doutor”. (veja todas as publicações deste quadro na aba "RespondEndo" que aparece no início do nosso blog).

Para quem ainda não sabe, periodicamente selecionamos as dúvidas que aparecem com maior frequência entre as portadoras (tanto as que chegam através do nosso e-mail, quanto as que são feitas nos nossos grupos do Facebook) e as enviamos aos médicos (colaboradores do Gapendi) para que possam respondê-las e, assim, nos ajudar a entender um pouquinho melhor sobre a Endometriose.

Você sabe, por exemplo, o que significa o termo "mapeamento da endometriose"? E porque será que na Ultrassonografia Transvaginal “tradicional” (aquela que os médicos pedem “de rotina”) muitas vezes não consegue visualizar os focos da endometriose?

E para aquelas que realizam a Ultrassonografia Transvaginal com Preparo Intestinal periodicamente (para acompanhamento da endometriose) será que também precisam fazer a Ressonância Magnética ou não há necessidade?

Falando em Ressonância Magnética para o diagnóstico da endometriose, será que precisa ser feita com preparo intestinal?

Para responder a todas estas dúvidas teremos, mais uma vez, a importantíssima participação da Dra. Luciana Chamié, médica radiologista especialista no diagnóstico por imagem da endometriose, colaboradora e parceira do Gapendi!

Lembrando que as respostas dadas aqui não substituem, em hipótese alguma, a consulta com o seu médico! O acompanhamento com um especialista em endometriose é primordial para o sucesso do seu tratamento!

Vamos às respostas:

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1) O que quer dizer “mapeamento da endometriose”?


Dra. Luciana Chamié: O mapeamento da endometriose consiste na identificação dos focos da doença, com uma descrição detalhada da localização, dimensões, estruturas comprometidas, bem como de pontos importantes em relação a possíveis complicações ou dificuldades a serem vencidas pelos cirurgiões (infiltração de nervos, ureteres, intestino, bexiga, etc..). Em alguns serviços, além do laudo detalhado há um diagrama ilustrativo, com o “mapa” da doença, muito útil para a compreensão dos achados, tanto pelas pacientes como pelos seus médicos.

2) Porque a USG transvaginal normal (de rotina) não mostra a endometriose?


Dra. Luciana Chamié: A endometriose profunda pode ser visualizada em um exame realizado sem preparo intestinal (“normal”), porém de forma limitada e muitas vezes incompleta. A utilização do preparo torna o campo de visão mais limpo e claro, possibilitando acrescentar detalhes sobre as dimensões, extensão, e grau de infiltração das lesões, o que é muito limitado em um exame sem preparo.

3) Eu faço USG com preparo intestinal de 6 em 6 meses para acompanhamento da endometriose. Será que é necessário também fazer a Ressonância Magnética?



Dra. Luciana Chamié: Os exames de controle evolutivo devem ser feitos de preferência pelo mesmo profissional e utilizando-se o mesmo método, para poder propiciar uma comparação mais fidedigna. Desta forma, se você realiza US com preparo intestinal a cada 6 meses não há necessidade, a princípio, de realizar também a ressonância magnética. Este método estaria indicado caso houvesse alguma dúvida ou necessidade de complemento. 

4) Para fazer a Ressonância Magnética é preciso fazer preparo intestinal?



Dra. Luciana Chamié: Sim, o preparo intestinal é fundamental para a RM, pois este método é muito sensível aos artefatos causados pelo conteúdo de gás e resíduos fecais habitualmente presentes nas alças intestinais, bem como pelo movimento intestinal constante. Além disso, ao se esvaziar parcialmente as alças se obtém um campo de visão mais claro e melhor identificação dos focos de endometriose na parede intestinal.

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Queremos agradecer imensamente à colaboração da Dra. Luciana Chamié, sempre muito carinhosa conosco e com todas as portadoras que ela atende!

Lembrando que o GAPENDI mantem uma parceria com a Clínica Chamié Imagem da Mulher para a realização da Ultrassonografia Transvaginal com Preparo Intestinal, oferecendo um bom desconto no valor deste exame.
As interessadas devem ser seguidoras do nosso blog e enviar um e-mail para gapendi@hotmail.com para que possam ter o desconto!

E fiquem atentas! Em breve mais dúvidas serão publicadas no blog!

Até a próxima!

Luciana Diamante
Marília Gabriela
Coordenadoras do GAPENDI

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

SEGUNDO VIDEO DA CAMPANHA DO GAPENDI EM PROL DA CONSCIENTIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA ENDOMETRIOSE




Olá!!!!

Estamos muito felizes em publicar o segundo vídeo da nossa Campanha! Está tão lindo quanto o primeiro, pois traz novas e emocionantes fotos de portadoras de Endometriose do Gapendi que corajosamente aderiram à Campanha para mostrar como esta doença alterou suas vidas, atrapalhou seus sonhos e tornou suas contas bancárias devedoras! (Foram mais de 160 fotos enviadas!)


A ideia é poder alertar outras mulheres sobre os sintomas da endometriose e, principalmente, chamar a atenção da população em geral (especialmente dos políticos, imprensa, planos de saúde, órgãos do Governo como Anvisa, Ministério da Saúde, e ate mesmo dos médicos) para que olhem com mais atenção e cuidado todo o sofrimento que passamos e nos ajudem a mudar esta difícil realidade!

Para isto acontecer, vamos lançar um DESAFIO: Pedimos que TODAS as portadoras e demais seguidores da nossa página, COMPARTILHEM este vídeo e convidem pelo menos uma pessoa do seu perfil para compartilhar também!

Quem aceitar este desafio estará fazendo o bem para mais de 6 milhões de mulheres em todo Brasil!

Lembrem-se: Não é preciso ter endometriose para ajudar! Basta ser solidário e COMPARTILHAR todas as postagens e vídeos da nossa Campanha!

Tá ansiosa para assistir ao video? Então vejam como ele ficou lindo e emocionante!!




Para compartilhar, você pode acessar o video através da nossa fanpage no Facebook "Endometriose Online" e compartilhar no seu perfil, caso tenha conta no facebook.

Caso você não tenha essa rede social, você pode acessar o video direto do Youtube e compartilhar o video por lá para as pessoas, através de email, whattsapp..


As portadoras de endometriose agradecem!

Caso você ainda não tenha visto o nosso primeiro Video, segue aqui o video!! Vale a pena assistir também!!! 





Entre conosco nessa linda campanha em prol da Conscientização e Divulgação da ENDOMETRIOSE!!!!

Luciana Diamante e Marília Gabriela
Coordenadoras do Gapendi
gapendi@hotmail.com

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

CIENTISTAS TESTAM DUAS NOVAS MEDICAÇÕES QUE PODEM SER EFICAZES NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE


Olá!!!

Depois da ótima noticia de que o dienogeste, principio ativo do Allurene, foi liberado pela Anvisa para fazer parte do grupo de medicações genéricas; trazemos hoje uma matéria que foi publicada pelo Correio Braziliense e pelo site espanhol Medical net.

A novidade é que um grupo de cientistas está pesquisando e chegando perto de mais duas medicações que podem amenizar os sintomas da endometriose, ajudando no tratamento, sem a necessidade da intervenção cirúrgica.

Essas substancias são as: chloroindazole (CLI) e oxabicycloheptene sulfonato (OBHS), que pelo que pesquisamos uma delas, inclusive, já se mostrou útil em modelos de ratinhos com esclerose múltipla.

O objetivos dos cientistas é que essas substancias sejam úteis no tratamento da Endometriose, esclerose múltipla, fibrose hepática, cardiovascular e problemas metabólicos relacionados a Obesidade. 

Uma observação é que, no caso da endometriose, essas medicações precisam ser usadas em conjunto para o resultado efetivo. “O OBHS ou o CLI administrados sozinhos não tiveram efeitos estimulantes sobre os receptores de estrogênio das ratas como esperávamos, mas, ao serem usados juntos, os compostos foram capazes de suprimir significativamente o crescimento do tecido uterino e a proliferação de células inflamatórias”, detalha o artigo.

Essas duas novas substancias, interagem com dois tipos de receptores do estrogênio, reduzindo o tamanho do tecido endometrial ou impedido o crescimento fora do útero; além de reduzir também a inflamação. Porém, essas pesquisas ainda estão sendo feitas em ratinhos com endometriose e em células humanas endometriais.

Se tudo ocorrer como os cientistas esperam e as pesquisas continuem sendo favoráveis, provavelmente farão novos testes e então a medicação poderá ser ser lançada. Pode demorar um pouco ainda, porém, só o fato de sabermos que estão estudando, pesquisando e tentando melhorar os tratamentos já existentes, nos conforta e anima!!


Segue o link da matéria:  

Cientistas testam novos remédios promissores contra endometriose

ANVISA REGISTRA 5 NOVOS GENÉRICOS NO BRASIL INCLUINDO O DIENOGESTE (ALLURENE)

Sem dúvidas essa é uma noticia muito importante para quem tem Endometriose e para quem faz uso da medicação ALLURENE!! 
A ANVISA aprovou ontem o registro de 5 novos genéricos, ainda inéditos, no Brasil e o DIENOGESTE ( principio ativo do Allurene) se encontra nessa lista!!

Isso que dizer que a partir de agora está liberado a fabricação de uma medicação que seria o genérico do Allurene.

Para quem não sabe, o Allurene é uma medicação hormonal, em comprimidos, composto por um progestogenio semi-sintético conhecido como “dienogeste” e deve ser tomado diariamente sem pausa. Embora tenha efeitos colaterais bem acentuados, é a única medicação que foi destinada exclusivamente para as portadoras de endometriose.

Um dos grandes problemas do Allurene, além dos desagradáveis efeitos colaterais, é sem dúvida o valor!! A medicação chegou ao Brasil custando nada mais nada menos que R$170 a 200 ( podendo variar o valor de acordo com a região). Mesmo com o desconto ofertado pelo fabricante, Bayer, acaba sendo uma medicação de alto custo e que não entra na lista dos remédicos oferecidos pelo governo. Inclusive já falamos sobre isso no texto: ALLURENE Medicação feita para enriquecer quem não tem Endometriose!




O que acontece, a partir de agora, é que como uma medicação genérica tem um custo cerca de 35% mais barato, sem dúvidas, vai ajudar bastante o bolso das portadoras de endometriose que fazem uso dessa medicação.

Lembrando que ainda não sabemos ao certo quando está medicação genérica estará disponível nas farmácias e, principalmente, se a quantidade de dienogeste será a mesma contida no Allurene. Acreditamos que sim mas precisamos esperar ainda as próximas noticias mas de toda forma, só o fato do dienogeste está na lista das substancias genéricas, abre a possibilidade da diminuição do custo dessa medicação por conta da concorrência que vai começar a se instalar!!!


Até a próxima!!!

Equipe GAPENDI
Luciana Diamante
Marilia Rodrigues

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

QUAIS OS PRINCIPAIS EXAMES QUE DEVEM SER REALIZADOS PELA PORTADORA DE ENDOMETRIOSE?

Olá!!!

O texto de hoje será muito útil para as portadoras de Endometriose, principalmente, para aquelas que estão um pouco perdidas em relação aos exames usados no diagnóstico da Endometriose. Embora este seja um assunto bastante discutido tanto aqui no blog quanto nos nossos grupos no facebook, por diversas vezes, encontramos nos grupos perguntas relacionadas a determinado exame, como ele é feito, qual o objetivo dele e etc.
Nesse texto, tentamos resumir, ao máximo, os exames mais solicitados pelos médicos especialistas, explicando de uma forma simples como ele é realizado e para que servem. Aproveitamos também para colocar nessa lista, exames que alguns médicos solicitam, mas que não são tão específicos/úteis para o diagnóstico da doença. Dessa forma, vocês poderão conhecer os exames e saber diferenciar qual o melhor para cada caso. Lembrando sempre que é o médico quem deve solicitar os exames de acordo com a necessidade e utilidade em cada caso. Porém, não custa nada ficarmos informadas, né?!

  

1-   Histeroscopia - é um procedimento que permite a visualização do útero por dentro, a chamada cavidade endometrial, ou seja, a visualização da cavidade uterina através de endoscopia. quando há suspeita de doenças dentro do útero. A histeroscopia pode ser realizada com alguns objetivos. Um deles é completar a investigação de um problema, como um sangramento anormal ou adenomiose, ou para retirada de um mioma, polipo ou outro tipo de lesão que esteja dificultando um casal de engravidar ou levando a outros problemas na mulher. Também é solicitada para colocação e retirada realizar a retirada de DIUs (inclusive o mirena) e acompanhar lesões como adenomiose e do colo uterino causadas pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).


Há casos também de abortamento de repetição, infertilidade sem causa aparente e outras situações onde o médico julgar necessário. Existem dois tipos de Histeroscopia e quem determina qual será necessária, é o médico, porém ambas tem praticamente a mesma função:

  • Histeroscópia Diagnóstica- observa-se a cavidade uterina, o canal cervical e a vagina. A grande vantagem é a possibilidade de ser realizada em ambulatório, sem o uso de anestesia/sedação e sem internação. Em posição ginecológica, é introduzido o histeroscópio, com uma camara acoplada, pela vagina, que chega através do canal do colo uterino até a cavidade endometrial, levando luz ao seu interior, bem como soro fisiológico para distendê-la.  Como a mulher estará acordada, poderá acompanhar o exame através do monitor. É um exame relativamente rápido e em casos de pequenos de pólipos ou outras pequenas lesões ( que geralmente são encaminhadas para biopsa) podem ser retirados no exame mesmo. Algumas mulheres, referem  sentir apenas poucas cólicas durante a realização do exame, já outras referem-se a bastante dor, por isso alguns médicos optam por realizar este exame no centro cirúrgico. A intensidade das cólicas e dor pélvica varia de acordo com o limiar de dor de cada mulher. 

  • Histeroscopia Cirurgica: Muito semelhante a Histeroscopia Diagnóstica e com, praticamente, os mesmos objetivos. Muito indicada para mulheres com grandes e/ou muitos pólipos, miomas, outros tipos de lesões onde é necessário a retirada para enviar o material para analise de biopsa e  ablação endometrial.. A diferença é que a histeroscopia cirúrgica é reaizada dentro de um centro cirúrgico com a mulher devidamente sedada/anestesiada.  A avaliação do risco cirúrgico é feita como em qualquer procedimento, considerando-se o porte da operação a ser realizada e o tipo de anestesia. O pós-operatório normalmente é simples e quase que imediato. Depois de a mulher acordar da anestesia, ela fica em observação por cerca de 60 minutos, podendo variar um pouco esse tempo de acordo com o que foi realizado no procedimento ( poucos são os casos em que a mulher fica internada por mais de 24hs). Assim que estiver acordada e bem terá alta. Porém, depois da alta a mulher poderá sentir um pouco de dor e desconforto; bem como um pouco de perda de sangue. Caso o sangramento fique extenso e muito dolorido, entrar em contato com o médico. É importante ressaltar que a Vídeo-Histeroscopia é diferente da Video-Laparoscopia.Temos visto nos nossos grupos no facebook, muitas portadoras se submetendo a Video-Histeroscopia achando que está realizando a Videolaparoscopia. São exames (cirurgias) distintos, com objetivos diferentes e recuperação também! A video-Histeroscopia visualiza apenas a cavidade interna do útero, enquanto a videolaparoscopia consegue visualizar toda a pelve ( incluindo trompas, ovários, bexiga, intestino, etc).


2-     Histerossalpingografia: é um exame de radiografia usando-se contraste, para verificar as condições anatômicas dos órgãos reprodutores femininos: útero e tubas. É normalmente realizado para verificar se há alguma anomalia no útero ou nas trompas da mulher que apresentam dificuldade para engravidar, mas também pode ser feito para investigação de outros problemas ginecológicos ligados à anatomia do útero e das trompas. Através deste exame é possível ver se as trompas estão obstruídas ou não, o que é fundamental para uma gravidez natural, ou seja, sem o auxílio da reprodução assistida.  

O exame é feito através de um aparelho de raio X associado ao uso de contrate, que normalmente, é composto de iodo, com paciente em posição ginecológica.  O procedimento dura cerca de 30 minutos e algumas mulheres referem-se a dor semelhante a cólicas menstruais, podendo ser de leve a forte. Porém, algumas clinicas já realizam este exame com um nova técnica que minimiza os possíveis desconfortos e dores durante o exame. 
   Os melhores dias para a realização deste exame são antes da ovulação e logo após o término da menstruação, ou seja, entre os dias 6 a 12 do ciclo menstrual; e recomenda-se o jejum sexual por alguns dias após a realização do mesmo. A depender do local de realização do exame, recomendam o a limpeza do intestino, com laxantes, no dia anterior do exame, bem como o uso de anti-inflamatórios ou antiespasmódicos para evitar espasmos ou desconfortos. Antes de o exame ser realizado, pode ser necessária a limpeza do intestino, usando laxantes no dia anterior, para que os gases e fezes na região pélvica não atrapalhem na visualização do resultado.

3-   Ca 125: é um marcador tumoral utilizado principalmente para detectar o câncer de ovário, entretanto pode se apresentar alterado na presença de outras patologias como o câncer de endométrio e na endometriose. Geralmente é realizado durante os três primeiros dias da menstruação, mas não podemos considera-lo um exame definitivo no diagnóstico da endometriose. Em muitos casos, este marcador poderá se apresentar normal, mesmo quando há a presença desta doença. Por este motivo, a dosagem do CA125 deve ser utilizada apenas para ajudar a compor o raciocínio clínico, sendo necessário que a paciente realize os demais exames antes que se feche o diagnóstico.


4-   Ressonância magnética com protocolo para Endometriose: A Ressonância Magnética é um exame que obtém imagens dos órgãos, em alta definição, através da utilização do campo magnético. Este exame têm se mostrado bastante útil nas visualizações de determinadas lesões de endometriose, especialmente as ovarianas. Também é utilizado para visualizar lesões vaginais, avaliar o útero, e também lesões que possam estar presentes nos ureteres.  

A mulher deve permanecer deitada, imóvel durante todo o tempo do exame, que dura cerca de 20 a 25 minutos, podendo variar de acordo com cada caso. O exame pode ser realizado em qualquer dia do ciclo e não causa dores, mas pode ser desconfortável, uma vez que a paciente deve permanecer imóvel durante todo o procedimento. A Ressonância Magnética para pesquisa de endometriose, deve-se seguir um “protocolo” de procedimentos que consiste em realizar um prévio preparo intestinal (o mesmo feito na ultrassonografia) e o uso do gel vaginal, que é colocado minutos antes do exame. Pode-se também utilizar o contraste, entretanto, de acordo com pesquisas, ele não é crucial para visualizar as lesões de endometriose, sendo utilizado, apenas, para diagnosticar outras possíveis patologias. Por ser um dos principais exames usados no diagnóstico da Endometriose Profunda, já falamos especificamente deste exame num dos nossos textos anterior. Vale a pena dá uma lida separadamente no texto: Diagnóstico da Endometriose parte II

5-   Ultrassonografia com preparo intestinalJunto com a Ressonância com protocolo para endometriose, é um dos exames mais importantes no diagnóstico da Endometriose Profunda. A ultrassonografia transvaginal é realizada com um aparelho, chamado transdutor, inserido através da vagina, e que utiliza ondas sonoras para visualizar a imagem dos órgãos e estruturas pélvicas. O preparo intestinal na realização deste exame, também se tornou importante, inclusive para a visualização das lesões de endometriose em outras regiões, pois muitas vezes os gases intestinais causam “zonas de penumbra” que atrapalham, inclusive, a visualização dos ovários e outras regiões que podem estar comprometidas.  

   Importante ressaltar, que este exame é diferente da ultrassonografia transvaginal que é comumente solicitada pelos ginecologistas e não adianta realizar a transvaginal comum e realizar o preparo por conta própria pois o que garante a qualidade do exame é a qualificação e a experiencia do médico que está realizando. Ou seja, você pode fazer o exame, realizar todo o preparo como recomendado porém se for feito por um médico que não tenha o domínio da técnica e não tenha a especialização e experiencia, com certeza, o exame dará um resultado errado. Dura cerca de 20 a 30 minutos ( podendo variar de acordo com cada caso) e, geralmente, costuma ser indolor porém um pouco incomodo. Pode ser realizado em qualquer dia do ciclo. Também foi tema do nosso texto Diagnóstico da Endometriose parte II onde foi explicado detalhadamente a importancia e como é realizado este exame. Vale a pena conferir o texto e a entrevista com a Dra. Luciana Chamié, médica especialista em diagnóstico da endometriose por imagem. 

6-   Colonoscopia:  é um exame que permite visualizar e analisar o revestimento interno do intestino grosso e parte do delgado, correspondente ao reto e ao cólon, através de um tubo flexível introduzido pelo ânus, contendo em sua extremidade uma minicâmera  que transmite imagens coloridas, podendo ser fotografadas ou gravadas em vídeo.   É realizado com a mulher sedada, deitada de lado para a melhor introdução do aparelho pela via anal. É necessário um preparo intestinal, que deverá ser realizado no dia anterior, onde inclui além do uso de uma medicação chamada Manitol ( cujo o objetivo é limpar todo o intestino) e uma dieta alimentar liquida. Geralmente o exame leva em torno de 20 a 30 minutos, sendo que apos a realização a mulher deverá ficar um pouco no local de repouso e só será liberada apos alimentação e plena recuperação.  É indicada para realizar biopsias da mucosa, corrigir pequenos sangramentos e retirar eventuais pólipos intestinais. 


 Alguns médicos especialistas em endometriose solicitam a colonoscopia para complementar o diagnóstico da endometriose intestinal. Porém é necessário lembrar que ela por si só não exclui a possibilidade da mulher ter este diagnóstico, já que a colonoscopia só visualiza a parte interna do intestino e a Endometriose começa a acometer a parte intestinal da camada externa para a interna. Ou seja, pode ser que a mulher tenha uma lesão de endometriose que esteja acometendo as primeiras camadas do intestino e que não tenha alcançado ainda a parte mais interna do intestino, que é a visualizada pela colonoscopia. Por isso o melhor exame para o diagnóstico da endometriose intestinal, é sempre a USG com preparo intestinal e/ou ressonância magnética com protocolo para Endometriose. A depender do resultado desses dois exames, o médico poderá solicitar a colonoscopia para verificar se a lesão já alcançou a luz intestinal.


7-   Retossigmoidoscopia- É um exame utilizado para avaliar a mucosa do reto e do sigmoide, bem como o diagnóstico das doenças que acometem a porção final do intestino grosso, como: câncer retal, pólipos intestinais, divertículos em sigmoide, colites, diagnosticar amebíase através de biópsia de reto. Alguns médicos quando suspeitam que a mulher está endometriose intestinal e a lesão está acometendo parte final do intestino, solicitam este exame.  É semelhante a colonoscopia, onde é introduzido um  retossigmoidoscópio rígido  ou flexível na cavidade anal que permite a visualização do reto e colón sigmoide. 


  A depender da clinica onde você realiza este exame, você poderá ser levemente sedada e /ou apenas utilizarem um anestésico local que deixa o exame menos desconfortante. É um exame relativamente rápido e quase sempre não é preciso o jejum, apenas a limpeza do colo retal com phospoenema ( o preparo pode ter modificação a depender da clinica onde seja realizado. Por isso siga sempre as recomendações do local do exame). Porém, ocorre o semelhante a colonoscopia onde só consegue observar a parte interna do intestino. Por isso, a depender da lesão o exame pode dá normal mesmo a mulher tendo endometriose no local. É muito usado para avaliação do pós cirúrgico quando ocorre a anastomose na porção final do intestino afim de verificar se está tudo normal com a cicatrização.

8- Enema Opaco: Conhecido também como clister opaco trata-se de um exame que utiliza Raios-X para diagnosticar patologias no interior do intestino grosso. O exame dura cerca de 40 minutos, é realizado sem anestesia e pode causar dores e desconforto durante a realização.  É necessário o jejum absoluto de 8 a 10 hs antes do exame ( vai depende do local onde você vai realizar) e a limpeza do intestino com laxante e por via retal, já que o intestino deverá estar totalmente limpo para uma boa visualização no exame. É um exame pouco solicitado pelos médicos especialistas por existirem outros exames como a colonoscopia que visualiza com segurança e mais conforto da mulher.

9-   Exame Anti- Mulleriano- É um exame de sangue muito solicitado pelos médicos especialistas em reprodução humana para aquelas mulheres que estão tentando engravidar pois ele é o melhor marcador da reserva ovariana. Para ficar mais claro vamos explicar, todo mulher já nasce com uma quantidade pre- definida de óvulos e vai perdendo ao longo do tempo. Para vocês terem ideia, ao nascermos já perdemos uma boa quantidade de óvulos e ao longo dos anos vamos perdendo mais e mais. A mulher com endometriose acaba sofrendo com isso, assim como todas as outras mulheres, porém tem um diferencial: muitas portadoras precisam se submeter a cirurgias/videolaparoscopias para retirada de lesões da endometriose e a cada cirurgia, milhares de óvulos vão embora. É importante ressaltar, que mesmo que não se mexa diretamente nos ovários, quando a mulher realiza uma cirurgia pélvica, acaba perdendo óvulos. Esse exame é de extrema importância pois consegue dosar a reserva ovariana da mulher. Como já foi dito, muitos médicos especialistas em reprodução humana solicitam para avaliar a melhor forma de tratamento e também os médicos especialistas em endometriose têm solicitado antes de cirurgias com extensão grande, principalmente se a mulher tiver uma lesão grande nos ovários. Dessa forma, ele poderá ver como tá a reserva da mulher e verificar se tem a necessidade de pedir para congelar os óvulos antes da cirurgia ou não. Recomenda-se dosar esse hormônio no terceiro dia do ciclo e, infelizmente, a grande parte dos planos de saúde ainda não cobre. Por isso muitos médicos não solicitam já que o custo geralmente é alto.

10- Cistocopia: Também conhecido como uretrocistoscopia, é um exame endoscópio das vias urinárias baixa, possibilita a visualização ótica dos segmentos uretrais e da bexiga. O exame é realizado pelo urologista que insere um aparelho chamado de Cistoscópio através da abertura da uretra. Esse mesmo cistoscópio, injeta soro fisiológico para expandir a bexiga, facilitando assim a visualização da mesma.   O exame dura cerca de 15 a 20 minutos e pode ser realizado no consultório médico, recebendo um anestésico local, ou no centro cirúrgico, nesse último caso, onde a mulher será levemente sedada. Alguns médicos especialistas em endometriose, solicitam este exame quando a mulher tem suspeita de Endometriose urinária.


11- Estudo Urodinâmico: É um estudo para avaliar as condições funcionais do trato urinário baixo, que pode ser comprometido na mulher que possui endometriose urinária/vesical. Através deste exame é estudado as várias fases do ato de produzir, transportar, reter e excretar urina, bem como o volume produzido, excretado ou retido, tempo de produção, capacidade volumétrica das vias urinárias, pressão de fluxo no interior das vias urinárias. O exame deverá ser realizado, preferencialmente, com a bexiga cheia. Após a realização do exame, a mulher pode ter aumento da frequência urinária e disúria (sensação de dor, ardor, ou desconforto ao urinar), poucos casos pode ocorrer também sangramento. O exame consiste em 3 partes: Urofluxometria, Cistometria e Estudo Miccional. Geralmente as mulheres que realizam este exame relatam um certo constrangimento, já que é necessário urinar num vaso que é ligado aos computadores pelo qual o médico acompanha o exame e os resultados, em seguida é colocado duas sondas ( uma pelo canal da uretra e outra pelo anus) que vão encher a sua bexiga com soro para que você informe o grau de enchimento vesical (importante na questão das perdas urinárias) e, posteriormente, é solicitado que você urine ( sua bexiga estará cheia de soro frio) novamente no vaso porém desta vez com a sonda. O exame tem, aproximadamente, uma hora de duração.

12- Tomografia Computadorizada: Envolve o uso de um equipamento rotativo de Raios-X, combinado com um computador digital, para obtenção de imagens do corpo. A tomografia utiliza um tubo de raio X que gira em torno do corpo, fazendo radiografias transversais. Não é um exame muito indicado para o diagnóstico da Endometriose.  


Esperamos que esse texto ajude bastante vocês em relação as dúvidas!! Lembrando que esses exames são essenciais antes da videolaparoscopia pois com os resultados destes, o médico poderá traçar e preparar a melhor equipe para entrar no centro cirúrgico de acordo com cada caso.


Até a próxima!!!


Equipe GAPENDI
Marília Gabriela Rodrigues
Luciana Diamante

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

PRIMEIRA CONSULTA COM O MÉDICO ESPECIALISTA EM ENDOMETRIOSE

Olá!!

Faz tempinho que queremos abordar esse assunto aqui no blog! Cada dia que passa, a gente tem visto alguns comentários nos grupos das portadoras contando e até mesmo com dúvidas em relação a consulta com o médico ginecologista. A principal dúvida é se ele é ou não especialista em Endometriose. E cada vez mais pontuamos sobre a necessidade de se procurar um médico que seja de fato especialista em endometriose.

Pode parecer confuso quando dizemos isto, porque “a priori” todo médico ginecologista deveria saber diagnosticar e tratar nossa doença, afinal estamos falando de uma patologia da área da ginecologia.

Mas, infelizmente, nem todos os ginecologistas sabem ou estão preparados para atender uma paciente com suspeita ou, até mesmo, com o diagnóstico já confirmado da endometriose. E o pior: mesmo não sabendo, muitos destes médicos não são humildes o suficiente para encaminhar a paciente para um colega que seja especialista; ao contrário, tentam por si mesmos tratar a paciente, muitas vezes, de forma totalmente equivocada, o que só faz piorar e agravar a doença. Esta situação tem se tornado um grande problema para todas as portadoras!

É por este motivo que decidimos escrever este texto, pois queremos que todas as pacientes e também as mulheres que suspeitam ter a endometriose saibam reconhecer quando estão sendo atendidas por um ginecologista que realmente seja um especialista, ou não.


1)    Quem é o especialista em Endometriose?

É aquele médico (necessariamente formado em Ginecologia) que decidiu se aprofundar melhor sobre a fisiopatologia da Endometriose, bem como suas consequências e as formas de tratamento mais atuais e eficazes. Geralmente, como um dos tratamentos mais utilizados na Endometriose é a cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscopia), então a grande maioria destes especialistas também são médicos cirurgiões que dominam muito bem esta técnica cirúrgica. Também vale lembrar que são médicos que gostam de se atualizar sobre a doença, participando de congressos, cursos e palestras. 

Muitos gostam de viajar e conhecer o que se tem estudado sobre a endometriose em outros países. Em outras palavras, um verdadeiro especialista em endometriose, investe (principalmente financeiramente) no conhecimento sobre a doença, a fim de se aprimorar cada vez mais.

Entretanto, não é incomum existir ginecologistas que sabem identificar, diagnosticar e tratar clinicamente uma paciente com endometriose sem, contudo, ter o domínio da técnica cirúrgica. Neste caso, quando se trata de um médico competente e idôneo, ele encaminhará esta paciente (que necessita de cirurgia) para um colega, também ginecologista, que seja apto e treinado para este tipo de tratamento. 

2)    Como saber se o ginecologista que está me atendendo é um especialista em Endometriose?

A resposta para esta pergunta parece um pouco óbvia, afinal, para saber se um ginecologista entende de endometriose, basta questioná-lo sobre isto, certo?
Infelizmente, não é tão simples assim. Logicamente, todos os ginecologistas necessariamente conhecem a Endometriose (pelo menos é o que se espera), entretanto entre conhecer esta doença e saber trata-la há um abismo muito grande. O problema é que o médico que não conhece, muitas vezes, se intitula especialista, fazendo a paciente acreditar que está diante de um “mestre” na doença.  Por qual motivo estes médicos fazem isto? 

Bom, temos as nossas teorias, mas achamos melhor não entrarmos neste quesito.  Enfim, o fato é que a diferença mais marcante entre um profissional que é especialista e aquele que se diz ser, já pode ser notada logo na primeira consulta.

3) Como será esta Consulta? 

Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro que a consulta varia de médico para médico e, principalmente, de paciente para paciente!! Nunca é demais lembrar que não existe um protocolo pronto para o tratamento da Endometriose. Esse tratamento será traçado de acordo com o diagnóstico, como se comporta as lesões, a sintomatologia e, acima de tudo, cada organismo, afinal, temos os organismos diferentes umas das outras.

Mas em geral, a primeira consulta com um especialista em endometriose tende a ser demorada! Exemplo: em 10 minutos é praticamente impossível um médico especialista, por melhor que ele seja, conhecer a paciente, escutar suas demandas, avaliar e fazer as necessárias considerações!

Uma boa consulta varia leva cerca de 40 a 60 minutos, podendo até levar mais tempo. Ai vem a questão que muitas devem tá pensando: Apenas os médicos particulares levam esse tempo todo com a paciente na sala! Qual o médico que atende pelo plano que perde cerca de 40 a 60 minutos com uma única paciente? Será que existe? 

Sim, meninas! Existe sim!! Embora sejam poucos, de fato! Já que a grande parte dos bons médicos especialistas acabam optando por atender apenas consultas e cirurgias particular. E falamos mais, quando o médico atende correndo, seja pelo plano ou particular, sem nem permitir que a paciente fale, já medicando e passando diversos exames e a gente retorna, significa que a gente gostou desse tipo de atendimento! O que é errado! Então, muitas vezes, a gente reforça essa postura errada de alguns médicos!!

A primeira consulta da portadora de endometriose ou da mulher que tem suspeita de endometriose tem que ser cuidadosa, até porque muitas vezes chegamos ao consultório com um desgaste emocional grande e cabe ao médico também acolher esta paciente, passando toda a segurança e conforto possível! Afinal, ele está lidando com vidas e não apenas com o lucro final!


Geralmente, o bom médico especialista deve começar a consulta escutando a paciente. Fazendo o que os médicos chamam de anamnese! Nessa "entrevista" inicial o médico vai poder conhecer toda a história da mulher, desde sua primeira menstruação até os dias atuais. Conhecer todas as suas queixas e os motivos pelos quais ela o procurou. Nessa anamnese, ele já vai traçando um possível diagnóstico, que poderá ser fechado posteriormente, com o exame físico e os de imagens!  Mas acreditem: Esse momento inicial da anamnese é de absoluta importância

Em seguida, ele poderá realizar alguns exames físicos, que incluem o exame de toque! É bem interessante falar sobre isso, sabiam que o exame de toque é uma excelente forma de diagnóstico da Endometriose?!! Essa parte pode ser um pouco desconfortante e até mesmo dolorosa para algumas portadoras, especialmente, aquelas que sofrem com a Endometriose Profunda! 

Além do exame de toque, o médico aproveita também para fazer alguns exames físicos na pelve, que vai depender da demanda de cada paciente!!!
Somando o que foi encontrado na Anamnese e nos exames físicos realizados no consultório, o médico pode já ter em mente um possível diagnóstico. 


Dizemos que pode, pois, sabemos que a endometriose é uma caixinhas de surpresas, ne?!! E muitas vezes, esse diagnóstico só vai ser fechado com a ajuda dos exames de imagens e/ou complementares ou até mesmo apenas na Videolaparoscopia.

Mas antes de partir para a Videolaparoscopia, que é um cirurgia minimamente invasiva mas não deixa de ser um procedimento cirúrgico, alguns especialistas solicitam alguns exames complementares. 

Uma pausa nesse momento!!! Muitas vezes a gente costuma reclamar que os médicos atuais nos fazem sair com uma 'renca' de papeis com solicitações de exames mas no caso da portadora de endometriose, acreditem: Esses exames são essenciais e podem ser a chave para solucionar os possíveis problemas!!

Muitas vezes, a gente ver nos grupos as portadoras falando que os médicos não pediram determinado exame ou então que só pediram um exame e até mesmo que saíram do consultório sem nenhuma solicitação, apenas com a indicação da videolaparoscopia!

A gente já falou sobre a importância e quais os exames mais específicos para um bom diagnóstico da Endometriose aqui no blog em dois textos que vamos deixar o link aqui novamente: Diagnóstico da Endometriose Parte I e Diagnóstico da Endometriose parte II. Para quem ainda não leu esses textos, vale a pena parar um pouco e dá uma lida! Na verdade, é essencial a leitura para que vocês tenham a noção da importância dos exames complementares no diagnóstico e quais são esses exames.  

Nessa primeira consulta e também nas seguintes, é ideal que a mulher vá acompanhada!! Pode ser o esposo, a mãe, irmã ou até mesmo uma amiga que confie. Ter esse apoio nesse momento é importante!! É legal também levar todas as dúvidas anotadas no papel para não esquecer de tira-las na consulta e voltar para casa com as mesmas interrogações na cabeça! Aproveitem esse momento ao máximo, meninas!!! 

Apos a realização dos exames complementares, a paciente deve retornar ao consultório para que o médico possa analisar e avaliar, junto com a paciente, quais os próximos passos no tratamento, que pode ser: Apenas medicamentoso, Cirúrgico ou Cirúrgico e medicamentoso!


Isso vai depender UNICAMENTE do médico, bem como a escolha de qual tratamento medicamentoso será seguido e qual a intervenção cirúrgica será realizada. Até porque cada mulher é única e a endometriose se comporta diferentemente em cada mulher! Como já dissemos aqui no texto, não existe uma cartilha com um protocolo padrão para todas as mulheres portadoras de endometriose. 

Muitas vezes, o médico indica uma medicação para o bloqueio da menstruação cujo a mulher não responde tão bem, tendo escapes, menstruando normal ou com efeitos colaterais significativos, onde a mulher terá que retornar para um possível ajuste ou até mesmo uma troca.  Outra coisa importante lembrar é que não é porque uma medicação deu certo com uma amiga, que vai dá comigo também!! Por isso é muito importante sempre tá conversando com o médico e seguindo o que o tratamento proposto por ele.

Outra coisa que percebemos que é muitas mulheres quando ficam sem dores e/ou quando conseguem engravidar simplesmente abandonam o tratamento!! Isso não pode acontecer!! Como a endometriose não tem cura, a mulher com a doença deve tá sempre em constante acompanhamento, mesmo que sem dor. 

O ideal é passar por consulta a cada 6 meses no máximo uma consulta no ano, nas mulheres que conseguiram estabilizar e controlar a doença!! Ficar mais do que um ano sem procurar um médico para um acompanhamento não dá, né, meninas?!! Por mais que vocês estejam sem sintomas, com o quadro estável, devemos lembrar que a endometriose é uma doença cronica, evolutiva e, infelizmente, sem cura!!

Então é isso! Acho que conseguimos esclarecer algumas dúvidas acerca da consulta com um médico especialista, ne?!!

Só a última dica!! Caso tenham passado por um médico com o qual vocês não tenham se identificado ou simplesmente da forma do atendimento, não exitem em mudar. Muitas vezes não é de primeira que a gente encontra o nosso especialista! O importante é a gente não desistir de buscar e encontrar um médico que seja bom e que nos passe confiança e segurança; afinal, o tratamento para endometriose é muito desgastante tanto fisicamente quanto emocionalmente! Busquem também sempre ter referencias desse médico com outras portadoras! Participar dos nossos grupos no facebook também pode ser bem essencial nesse sentido!!

Até a próxima!!

Equipe GAPENDI
Marília Gabriela Rodrigues
Luciana Diamante